A partir da noite deste domingo, a TIM pretende ativar o sinal do 5G no Rio de Janeiro e promete chegar marcando presença, assim como fez em São Paulo. De acordo com a operadora, a capital terá cobertura em 160 bairros, o equivalente a cerca de 80% da população, onde terão 628 antenas preparadas para a nova tecnologia.
“Estamos fazendo uma cobertura acima do limite regulatório. São Paulo foi a primeira capital onde estamos cobrindo 100% dos bairros. No Rio, cidade onde somos a marca líder após a aquisição de clientes da Oi, vamos cobrir 160 bairros no domingo à noite”, afirmou Alberto Griselli em entrevista ao Globo.
Segundo o executivo, é hora de convencer o consumidor a migrar para o 5G e ter a cobertura da rede em toda a cidade tem uma função importante nessa estratégia. Ele afirma que a cobertura facilita muito a escolha do cliente, pois dá a garantia de que ele poderá usar o serviço na cidade.
“[…] Quando se fala em cobertura, tem muita relevância a questão geográfica, dos bairros. Para que não tenha aquele negócio de pega na Zona Sul e não na Barra, ele funciona em todos os lugares”, afirma.
Na entrevista, Griselli também respondeu dúvidas importantes sobre o uso da tecnologia da operadora. Ao ser questionado se será preciso trocar de chip para acessar o 5G, embora não tenha respondido com clareza, ele explicou que o 5G pré -lançamento trabalha na frequência que a operadora já tinha, o 5G DSS, que dividia a frequência com o 4G.
“Agora, entramos com novas frequências de 3,5 GHz que a gente comprou. É uma rodovia nova totalmente dedicada ao 5G. Aí você tem uma grandíssima performance de velocidade”, explica.
O executivo também explicou que não é necessário fazer a migração de plano para acessar a rede 5G da TIM, sendo necessário apenas o que ele chama de booster 5G, que, por enquanto, está sendo oferecido para os planos pós-pagos. Mas ele afirma que o próximo passo é chegar para os planos controle e pré-pago.
Alberto Griseli também foi questionado sobre a diferença que ocorre na velocidade da internet 5G nos centros e nas áreas periféricas da cidade, algo que ocorreu em São Paulo.
De forma provocativa ele disse que essas diferenças ocorrem com clientes de seus concorrentes, que estão concentrando a cobertura no bairros centrais. “Se fosse cliente da TIM seria diferente. Cobrimos o centro da cidade e áreas periféricas. Os consumidores devem ter algumas semanas de paciência, pois ligamos a rede e aí começa um trabalho de otimização. Depois, o negócio funciona”, afirmou.
Em São Paulo, por exemplo, das 1.500 antenas que possuem na cidade, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, mil são da TIM, que corresponde ao dobro dos seus dois concorrentes (Vivo e Claro). Ele completa que “Somos a única operadora cobrindo 160 bairros no Rio. Vamos ter 628 antenas na cidade”.