Faz algum tempo que os supermercados começaram a usar a tecnologia em suas operações. Mesmo antes de os consumidores entenderem como a modernização poderia ser útil nas compras, os estabelecimentos utilizavam recursos para controlar o estoque e fazer a gestão, por exemplo.
Agora, porém, a tendência é que a tecnologia esteja cada vez mais aparente para o público. Tanto é verdade que muitas redes já estão usando máquinas de autoatendimento para que os consumidores evitem filas.
Informações na palma da mão
Ir até os estabelecimentos sem saber o preço dos produtos é uma realidade já ultrapassada em grandes centros urbanos. Isso porque os supermercados têm apostado forte na divulgação digital para atrair o público e facilitar a rotina dos clientes.
As ofertas do Assaí, por exemplo, podem ser acessadas no Porta Folhetos, tanto pelo navegador da web quanto pelo celular. Nesses locais, a rede anuncia os preços de produtos como carnes, bebidas e produtos de limpeza de várias localidades. Outras grandes companhias como Extra, Carrefour e Pão de Açúcar também apostam nessa forma de divulgação.
Loja totalmente sem caixas
No Brasil, é possível encontrar máquinas de autoatendimento para compras de pequenos volumes, enquanto os caixas com atendentes permanecem. No entanto, essa realidade tende a mudar nos próximos anos, quando os consumidores já estiverem acostumados a fazer as compras totalmente sozinho. Ou, também pode ser que haja caixa com pessoas, mas em menor quantidade do que existe hoje.
Nos Estados Unidos, a Whole Foods inaugurou a primeira loja sem caixas de Washington. Para isso, a rede contou com a tecnologia Just Walk Out da Amazon. A princípio a novidade só existia nas lojas Amazon Go, mas agora a Amazon está oferecendo para terceirizados.
Além da praticidade oferecida, a tecnologia se integra ao universo Amazon, já que os membros Amazon Prime têm acesso a benefícios exclusivos, incluindo descontos especiais.
IA para aumentar as vendas
A inteligência artificial é capaz de entender comportamentos e a partir disso tomar decisões. No caso dos supermercados, a tecnologia poderia, por exemplo, identificar hábitos de consumo dos clientes para poder oferecer ofertas personalizadas.
Para isso, no entanto, é necessário que o público esteja cadastrado em algum programa de fidelidade. A própria personalização de oportunidades poderá ser usada como argumento para que as pessoas disponibilizem os dados.
Identidade musical
Em uma época em que os aplicativos de streaming são mais populares que as rádios é de se esperar que os mercados também tenham uma identidade musical. Tocar as mesmas músicas que todos os estabelecimentos é algo que ficará para trás.
Além de ter uma playlist própria, pensada para que os consumidores se sintam bem e comprem mais, o áudio ajuda na divulgação de informações. Os clientes podem ouvir mais sobre o programa de fidelidade e os produtos que têm cashback, por exemplo.
Experiência omnichannel
No supermercado do futuro a experiência omnichannel não será uma vantagem, mas uma regra. Oferecer a possibilidade de as pessoas comprarem pela internet e retirar na loja ou, então, adquirir algo na loja física para receber em casa é algo que veio para ficar.
Nesse sentido, toda a comunicação precisa estar integrada com foco para a tecnologia que está por trás disso. O site, por exemplo, precisa refletir também o estoque do estabelecimento físico, assim, o cliente poderá escolher onde irá adquirir o que deseja.
Como é possível observar, a maior parte das tendências futuras dos supermercados já existem, mas ainda estão implementadas em uma minoria de estabelecimentos. Ou seja, ainda há muito para o setor evoluir e se tornar mais tecnológico para o público.
