Assim como a Vivo, a Claro se manifestou sobre a sua contribuição à Consulta Pública 23 da Agência Nacional de telecomunicações (Anatel), que trata do redirecionamento da faixa de frequência 4,9 GHz para os serviços móveis para uso das operadora, e 30 Mhz para uso das forças públicas de segurança e defesa civil (PPDR).
A opinião da operadora é a mesma da Vivo. A Claro quer que o PPDR seja completamente retirado da frequência em benefício do 5G, sob o argumento de que o interesse econômico deve prevalecer.
“O potencial econômico das aplicações baseadas na tecnologia 5G deve contribuir com novos produtos e serviços. Deste modo, a demanda por espectro deve aumentar exponencialmente nos próximos anos (…), sendo necessário a disponibilização da maior quantidade de espectro para estar aderente ao crescimento deste ecossistema de telecomunicações”, diz a companhia.
A faixa de frequência de 4,9 GHz, que a Anatel pretende levar a leilão, é parte do grupo correspondente às bandas médias, que se destacam pela alta capacidade de transmissão de dados, além de possibilitar uma ampla região de cobertura. Esse espectro é considerado precioso para a Claro.
A operadora ainda diz que os 190 MHz da faixa devem ser destinados totalmente para o uso das operadoras, para que o Brasil tenha regras de harmonia com o que outros 40 países definiram. Por exemplo, China, Estados Unidos e Japão, onde a faixa será entregue à iniciativa privada.
A Claro cita problemas que podem vir a ocorrer com a mudança da destinação do espectro de 4,9 GHz, a interferência de rádio enlaces, que precisarão ser adaptados ou desligados. Com isso, sugere que os recursos do leilão sejam para a “desmobilização dos meios de transmissão dos atuais autorizados pelo uso da faixa de frequência”.
Entretanto, o desligamento dos enlaces deve ocorrer apenas onde houver interferência. Locais que for possível conviverem sem problemas, estes poderiam ser mantidos em funcionamento.