22/12/2024

Conexão no WiFi 7 chega a velocidade de 5 Gbps em testes da Intel e Broadcom

Resultado surpreendeu até os próprios pesquisados, uma vez que a maior velocidade de WiFi registrada até hoje foi de 2 Gbps, no 6E.

Já pensou em alcançar uma conexão de velocidade de 5 Gbps pelo WiFi? Pode parecer fora da imaginação, mas foi o que aconteceu com os testes que foram realizados pelas fabricantes de chip Intel e Broadcom. As empresas fizeram testes, que foram bem-sucedidos, com o novo padrão de conectividade sem fio WiFi 7.

Nos testes foi usado um canal de 350 MHz na faixa de 6 GHz, conectando um acesso point equipado com modem da Broadcom e um computador com processador e módulo WiFi na Inter. O resultado foi uma conexão de 5 Gbps, algo nunca antes feito com o WiFi.

Para nível de entendimento, o WiFi 7 é a próxima geração WiFi, que vai suceder o WiFi 6E, onde agrega portadoras e usa canais em 2,4 GHz e 6 GHz, com módulação QAN 4K.

A velocidade alcançada nos testes foi surpreendente e os próprios pesquisadores ficaram surpresos, pois até o momento, o máximo que uma conexão via WiFi, que foi o 6E, foi de 2 Gbps. Com a nova geração, a velocidade do acesso sem fio doméstico será dobrada.

Carlos Cordeiro, Wireless Chief Technology Officer da Intel, diz que esse resultado mostra o potencial do novo padrão e prevê o uso do WiFi 7 em aplicações industriais mais exigentes. Ele afirma que até o final de 2023 já haverá roteadores, notebooks e celulares compatíveis com a tecnologia no mercado.

Entretanto, Cordeiro explica que o novo padrão tem previsão para ser concluído em maio de 2024, mas pode ser que seja antecipado, uma vez que o cronograma da entidade de padronização, a união de engenheiros IEEE, é uma referência que as empresas normalmente antecipam o lançamento das inovações tecnológicas.

“O núcleo estável do WiFi 7 será o mesmo e não vai mudar entre o final de 2023 e o término da padronização. Mesmo que nem todos os recursos estejam finalizados, o núcleo do padrão já está lá. Todas essas tecnologias que usamos já estão lá e esperamos que estejam no padrão final.”, afirma.

O executivo também fala sobre as disponibilidades de dispositivos Wi-Fi 6E na América Latina e no Brasil, que mesmo que tenha muitos dispositivos, há muitos entraves regulatórios que atrasam a chegada dos aparelhos.

“Tem que haver um processo regulatório facilitado para a aprovação. Temos certeza que o governo trabalha em uma forma de facilitar essa certificação. O espectro de 6 GHz é necessário, é a base para realizar tudo no WiFi 7. Acreditamos que o Brasil continuará a melhorar o ambiente regulatório”, acrescentou.

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