Assim como as outras grandes operadoras do país, Claro, Vivo e TIM, a Oi também anunciou a sua contribuição para a Consulta Pública 23 da Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações. Encerrada na última semana, essa consulta tratou da destinação da faixa de 4.9 GHz para os serviços móveis.
A Oi não mostrou interesse em comprar a frequência, afinal não tem mais rede móvel desde que vendeu essa parte dos serviços para Claro, Vivo e TIM. A empresa se diz impactada pela proposta da Anatel e que acredita haver reflexo na concessão do serviço de linhas de telefone fixo.
“A alteração de destinação da faixa de 4,9GHz pode ser caracterizada como um evento de desequilíbrio econômico-financeiro das concessões de STFC, demandando uma atuação proativa da Anatel para afastar ou neutralizar os seus impactos”, afirmou a empresa.
As intenções da Anatel
A Agência deseja tirar 50MHz da banda destinada para segurança pública e defesa civil e 110 que são dos rádios enlaces. Dessa forma ficam 160 MHz para as operadoras.
Tanto a Claro quanto a Vivo exigem 190 MHz por conta do 5G e entendem que a banda de segurança pública e defesa civil deve ser destinada para alguma outra frequência.
A Oi afirma que deverá ter um problema de contabilidade e prestação de serviços. Com essa mudança, a empresa diz que será necessário fazer investimentos de grande valor para mudar o parque de rádio enlaces, que são usados por todo o país.
Outro ponto que a operadora Oi também estabeleceu foi sobre as dificuldades de redução da quantidade de espectro disponível para rádio enlaces. Hoje a empresa usa 110 MHZ na faixa de 4,9 GHz. Passariam a ter acesso de forma secundária, se houver interferência no sinal da internet 5G, será necessário o desligamento.
Eles ainda afirmam que são a maior incumbente de redes de transporte de dados do país. Por isso, não poderia deixar de comunicar a preocupação sobre a perda adicional de 90 MHz para as aplicações de rádio enlaces.