A Vivo (Telefônica Brasil), afirma que apenas as operadoras móveis devem ser contempladas com a destinação de 160 MHZ de espectro da faixa de 4.9 GHz. Esse parecer da empresa foi dado após a Consulta Pública 23, feita pela Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações.
A Vivo entende que há uma maior necessidade de mais frequências médias para o serviço de internet móvel 5G. Além disso, pediu que os 190 MHz da faixa sejam transferidos para a tecnologia móvel.
Para a operadora, os rádios enlaces, que são usados em construção de redes fixas e móveis onde não é possível ter fibra, devem ser protegidos até onde não causem interferências no sinal do 5G. Ainda acrescentou que a alteração deve acabar com o telefone fixo em alguns pontos do Brasil.
Segundo ela, a realocação da faixa está diretamente ligada à descontinuação do serviço de telefonia fixa em algumas regiões. Pois elas são suportadas por enlaces ponto-a-ponto. Veja a fala completa sobre essa pauta:
“O processo de realocação da faixa ora pretendido acarreta desafios (…) destaca-se o risco de descontinuidade na prestação de serviços fixos de interesse coletivo em determinadas localidades atualmente suportadas por enlaces ponto-a-ponto, cuja mitigação exigirá uma coordenação adequada entre os diferentes serviços”.
A empresa ainda complementou afirmando que a adaptação das estações deve ser compulsória apenas quando houver evidências concretas de que há interferências que prejudicam os outros serviços.
“A adaptação das estações previamente autorizadas a eventuais novas condições de uso (…) deve ser compulsória somente nos casos onde efetivamente se observarem a partir de evidências concretas a ocorrência de interferências prejudiciais sobre os demais serviços”, diz.
A Vivo acredita que há necessidade de coordenação entre os usuários de hoje e os anteriores usuários da faixa, por isso deseja uma abordagem com cautela por parte da Anatel. Também acrescentou que antes de uma licitação, é importante concluir os testes de convivência entre os serviços.
Se houver licitação, os rádios enlaces que estão em uso terão acesso ao espectro somente em caráter secundário.