Segundo Carlos Baigorri, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, a nova concessão da telefonia fixa pode movimentar valores expressivos na economia brasileira. Para ele, o total deve superar os R$ 22,6 bilhões que foram estipulados pela agência para Oi, Vivo, Claro/Embratel, Algar e Sercomtel atualizarem a prestação de serviços.
A agência reguladora já está trabalhando na produção do edital de concessão do Sistema Telefônico Fixo Comutado, o STFC, que vai vir após o contrato que foi estabelecido para agora, que teve início em Janeiro de 1998 e tem fim em Dezembro de 2025.
Desafio da Anatel com a nova concessão de telefonia
O atual desafio da Anatel com essa pauta é definir um modelo que atraia novas empresas interessadas, já que as chamadas de voz estão caindo em desuso e as operadoras de hoje têm cobrado revisão de contrato por conta de prejuízos.
Para Baigorri, o valor da concessão não será mais pelo serviço de telefonia fixa, mas pelo direito de explorar os bens reversíveis, que mais tarde iriam voltar para a União no final dos contratos que estão estabelecidos.
Outro ponto são os direitos de uso de postes e dutos, que são raros de se encontrar nas cidades grandes e tem a tendência de sumir cada vez mais.
Baigorri comparou a telefonia fixa com o rádio
O presidente da Anatel informou, durante o Telcomp, que estão decidindo como serão os novos contratos, mas garantiu que a telefonia móvel não vai deixar de existir, o desafio é ter uma licitação maior, atrativa que valha mais que R$ 22 milhões.
Baigorri também acrescentou que a telefonia fixa deve se tornar um serviço parecido com o de rádio. Diminui-se o consumo, mas não deixou de existir. A telefonia fixa será nichada, um serviço usado por empresas e serviços públicos de segurança e emergência.
“O STFC tem suas vocações, mas entendo que vai ser cada vez mais de nicho. Ele não vai ter a mesma relevância geral do passado, igual o rádio. Mas não acredito que vai acabar”, afirmou.