A proporção de uso do serviço de internet banda larga superou a de internet móvel, tanto 3G quanto 4G. É a primeira vez na história que isso acontece. Esses dados foram pesquisados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), dentro do módulo sobre Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa investigou o segundo semestre de 2021, considerando casas particulares fixas. Essa é a primeira análise com esse enquadramento, depois da pandemia de Covid-19, já que o levantamento desses dados foi reduzido nesse período.
Essa investigação feita pelo IBGE é a única que é feita em domicílios, a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações só contabiliza os acessos por usuários.
Mais dados da pesquisa
As casas que têm internet eram de 84%, neste último levantamento foi para 90%. O percentual que usava a internet móvel foi de 81,2% para 79,2% e os dados de casas com banda larga fixa foi de 78% para 83,5%.
Já as casas onde a família usava os dois modelos de internet foi de 59,4% para 63%. Aquelas que utilizavam a rede 3G ou 4G foi de 21,2% para 15,3% e as que usavam apenas internet em casa, foi de 18,1% para 19,2%.
Internet pelo Brasil
A Região Norte teve menos acesso à banda larga fixa, mas teve avanço de 54,7% para 70,5% durante os anos de 2019 a 2021. Durante esse mesmo recorte de tempo, os outros locais do país, em domicílios, têm acesso acima de 80%.
Já em relação à banda larga móvel, a Região Nordeste é o local com menos acessos e a Região Sudeste com maior. 62,2% para uma e 87,2% para a outra.
Dados sobre renda
A pesquisa revelou também que o rendimento médio per capita das famílias que utilizavam internet dentro de casa era de R$1.480 no final de 2021, mas a renda varia conforme o aparelho que foi usado. Confira:
- Tablete – R$ 3 mil;
- Microcomputador – R$ 2.296;
- Televisão – R$ 1.985;
- Celular – R$ 1.479.
O celular é o maior campeão na hora do acesso a internet
Os aparelhos celulares são usados em 99,5% dos domicílios com internet. Logo depois vem a televisão, com 44,4%, na sequência o microcomputador, com 42,2% e, por fim, o tablet, com 9,9%.
Já nos 7,3 milhões de casas sem internet os motivos para a ausência desse serviço são: falta de interesse para 29,3%, preço elevado para 28,8% e ninguém em casa sabia usar o serviço para 27,1%.