Na sexta-feira (14), Elon Musk, diretor executivo da SpaceX, se pronunciou afirmando que não iria ficar financiando a rede de internet via satélite da Starlink na Ucrânia, pedindo que o governo dos Estados Unidos assumisse a tarefa, uma dia depois do pronunciamento ele voltou atrás. No sábado (15), Musk anunciou que continuará o financiamento com o serviço.
Em sua página no Twitter, o bilionário disse que “Não importa”. “Embora a Starlink ainda esteja perdendo dinheiro e outras empresas estejam recebendo bilhões de dólares dos contribuintes, continuaremos financiando o governo ucraniano gratuitamente“.
Entretanto, parece que o pronunciamento do bilionário surtiu efeito, pois o exército dos Estados Unidos afirmou que está em contato com a empresa para o financiamento da rede-chave, em um momento em que Elon Musk está envolvido em troca de farpas públicas com líderes ucranianos, que ficaram irritados com a sugestões do magnata para resolver o conflito, como o reconhecimento da soberania russa sobre a península da Crimeia.
Com uma constelação de mais de 3 mil pequenos satélites em órbita baixa da Terra, o serviço da Starlink tem sido vital para as comunicações da Ucrânia em sua defesa contra a ofensiva russa. Foi doado cerca de 25 mil em terminais terrestres à Ucrânia, conforme número informado por Elon Musk.
Segundo ele, essa ajuda já custou US$ 80 milhões à empresa e que deve chegar a US$ 100 milhões até o final do ano. Ele ainda afirma que todos os custos de implantação e manutenção dos terminais Starlink na Ucrânia foram arcados pela SpaceX, exceto uma pequena porcentagem.
Entretanto, a emissora CNN informou que cerca de 85% dos primeiros 20 mil terminais foram parcialmente pagos por países como Estados Unidos, Polônia ou outras entidades, que também pagaram por cerca de 30% da conectividade da internet. Sabrina Singh, vice-secretária de imprensa do Pentágono, na sexta-feira, afirmou que o Departamento de Defesa dos EUA está em contato com Elon Musk sobre a questão do financiamento da Starlink.