Em conferência de resultados financeiros para analistas realizada nesta quarta-feira (26), Christian Gebara, CEO da Vivo, afirmou que, em comparação ao ano passado, este ano ainda haverá aumento no Capex da operadora, sendo que até o fim de dezembro, os investimentos somarão R$ 9 bilhões, cujo montante será repetido em 2023. Em 2021, a empresa investiu R$ 8,6 milhões de 2021.
“Tivemos um Capex extraordinário este ano, foram R$ 400 milhões destinados à integração com as redes da Oi Móvel”, falou. Ele explica que ano que vem não terá esse investimento, mas será necessário que a Vivo gaste mais para atender os compromissos assumidos no leilão do 5G e cumprir as metas mais exigentes de cobertura.
Até o momento, boa parte do Capex da operadora foi para a implementação da rede nas capitais, assim como para o aumento da capacidade das redes ópticas e expansão das redes de acesso óptico pelo país. “Ao final de 2024 teremos entre 8,5 e 9 milhões de clientes de banda larga em fibra”, disse.
Para atingir esse resultado de 9 milhões de acessos em fibra, a Vivo deve ultrapassar o market share de competidoras, além de concluir a migração da própria base. Na conferência, Gebara reconheceu que as adições do mercado de banda larga tenham desacelerado este ano, mas que é um movimento considerado normal pós-pandemia.
Em termos de casas passadas, o objetivo da operadora é chegar à marca de 29 milhões em 2024, sendo que 6,4 milhões serão da Fibrasil, a operadora de rede neutra da qual a Telefónica detém 50% do capital, 1 milhão da American Tower no estado de Minas Gerais e outros 21,6 milhões de casas passadas a própria Vivo em são Paulo.
Até setembro, a rede FTTH da Vivo atingiu 22,3 milhões de casas passadas, sendo que 3,9 bilhões foram construídas nos doze meses anteriores e 71 cidades foram inauguradas no período, onde atualmente oferece o serviço em 380 cidades.
Em nove meses deste ano, a receita com clientes FTTH da operadora cresceu 20,1%, para R$ 3,9 bilhões. Além dos clientes em fibra, a Vivo ainda soma cerca de 1 milhão de usuários com tecnologia em cobre, que deverão ser migrados para a fibra óptica.