Os tempos de compartilhamento gratuito de senhas da Netflix estão com os dias contados. De acordo com a plataforma, a partir do início de 2023 será cobrado uma taxa extra por mês para os assinantes que dividirem a sua conta com terceiros que não estejam dentro da mesma residência. A notícia foi dada oficialmente durante teleconferência de resultado trimestral na terça-feira, 18.
A ideia do serviço é reprimir que os assinantes da plataforma compartilhem senhas e contas para terceiros “não pagantes”, sendo que passará a cobrar um valor entre R$ 15 a R$ 21 por mês para cada perfil adicional que aparecer na página “Quem está assistindo?”.
A ideia surgiu em abril deste ano, após a Netflix apresentar resultados ruins no primeiro trimestre, devido à queda no número de assinantes. Desde então, tem buscado estratégias para recuperar os clientes novos. A taxa de compartilhamento é uma delas, assim como o Plano Básico com anúncio, que será lançado no início de novembro.
“Conseguimos uma abordagem ponderada para monetizar o compartilhamento de contas e começaremos a implementá-lo de forma mais ampla a partir do início de 2023”, anunciou a Netflix.
De acordo com a empresa, os consumidores foram ouvidos sobre a mudança. “Depois de ouvir o feedback dos consumidores, vamos oferecer aos usuários a capacidade de gerenciar seus dispositivos com mais facilidade e criar subcontas, se quiserem pagar para familiares ou amigos”, disseram.
Embora a Netflix instrua os usuários a não compartilhar suas senhas para pessoas fora de suas casas, o compartilhamento de senhas e contas, supostamente, tem custado mais de R$ 31 bilhões por ano na receita da empresa por causa da prática. Ou seja, são potenciais clientes que a plataforma perde.
Ainda não há um valor estipulado de quanto será cobrado para usuários adicionais. Mas considerando o esquema que está sendo aplicado na América Latina, os titulares estão pagando entre 3 e 4 dólares extras por “segunda residência”.
Entretanto, a empresa afirmou que o custo de cada usuário adicional irá variar de acordo com o preço inicial da conta. Ou seja, os assinantes de planos mais baratos, como o Básico, pagarão menos.