Após perder recurso feito em conjunto com a TIM e Claro para evitar pagar o valor restante da compra da Oi Móvel, a Vivo realizou o depósito judicial do montante que faltava pagar à Oi. De acordo com o diretor-presidente da Telefônica, Christian Gebara, o depósito judicial de R$ 515 milhões em favor da vendedora foi feito no dia 20.
Esse valor tinha sido retido pela empresa devido a divergências de valores que estavam em discussão com a Oi. O depósito está vinculado à decisão da câmara arbitral. O executivo também afirmou que a sinergia estimada de R$ 5,4 bilhões está mantida, embora tenha ocorrido a perda de quase 3 milhões de clientes.
Na operação de compra da unidade móvel da Oi, a Vivo recebeu 12,5 milhões de clientes da Oi Móvel ao adquirir os ativos da empresa em um consórcio formado com a TIM e a Claro. No entanto, as compradoras solicitaram ajuste do valor pago à Oi. “Pedimos um ajuste de R$ 3,186 bilhões. Parte desse valor é derivada dos clientes inativos”, disse o executivo.
Segundo Gebara, o pagamento para a Oi incluía o recebimento de clientes em atividades, mas como vieram usuários inativos, além de desconectá-los, também estão pedindo um ajuste. “Como eles vieram inativos, além de desconectar esses clientes, estamos pedindo ajuste”.
A desconexão da linha ocorre conforme o critério de desligamento disposto nas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que pode acontecer quando a linha fica inativa por 60 dias. As operadoras costumam fazer a desconexão após esse período para não ter que pagar Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), que é cobrado sobre cada conexão.
O processo de arbitragem sobre o valor da operação com a Oi ainda está em formação. A Telefônica, a TIM e a Claro convocaram a Oi para uma arbitragem sobre o litígio em relação aos valores na câmara de arbitragem da B3. Gebara disse que o processo de arbitragem está em formação e que deve ser constituído até o fim do ano.