O conselheiro Emmanoel Campelo da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, deixou o cargo nesta quinta-feira, 03. O mandato dele tinha fim na sexta-feira, 04, após sua nomeação em 2017. Porém, houve reunião do conselho no dia anterior, onde ele se despediu dos seus companheiros de trabalho.
Emmanoel esteve presente no processo de 725 processos, como relator dentro da agência. Ele disse que seu objetivo sempre foi trabalhar para conectar o país e fez parte de momentos importantes como a construção do Edital do 5G.
O conselheiro não deixou nenhum processo em aberto para o seu sucessor. E para ocupar esse cargo, na lista de substitutos está o superintendente de planejamento e regulação, Nilo Pasquali.
“Entrego o gabinete sem nenhum passivo. Tem a peculiaridade de não ter um processo sequer em diligência. O superintendente Nilo certamente se enche de júbilo com essa passagem.”
Dentre os trabalhos mais notáveis, o antigo conselheiro destacou a demanda que teve em função do Edital do 5G. Segundo ele, esse edital foi o processo mais relevante e importante, por causa do potencial de evolução da tecnologia e do setor de telecomunicações.
E de fato, com exceção de Artur Coimbra que estava no Ministério das Comunicações, todos os conselheiros da agência contribuíram para o Edital do 5G.
Outro trabalho notável de Campelo é o combate ao telemarketing abusivo, conhecido pelo uso de robocalls ou uso de recurso ilegal de numeração. Segundo Carlos Baigorri, presidente da agência, esse foi o maior legado que ele deixou para o país. Tanto o Brasil, quanto a Anatel devem muito ao ex-conselheiro.
Em sua despedida, Emmanoel Campelo afirmou que nunca teve apego a cargos ou instituições, porém o trabalho que desempenhou nos últimos anos na agência reguladora foi diferente dos anteriores. Concluiu dizendo que não vai ter saudades da Anatel como instituição que é, mas sim das pessoas, dos amigos fez durante o trabalho que desempenhou.