No último dia 18 de outubro, aconteceu o Prêmio Multishow, realizado na realizado na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. Com o evento, a Globo aproveitou para realizar sua segunda experiência usando a tecnologia 5G da TIM em uma transmissão ao vivo. O prêmio foi exibido com câmeras conectadas a rede e configuração com network slicing, garantindo uma capacidade mínima de uplink.
Segundo a informações, foram utilizados duas mochilinks, sendo que em uma tinha dois chips da TIM. Enquanto um era habilitado para networking slicing, o outro não. Para nível de entendimento, o mochilink é uma mochila que é conectada a câmera e é dotada de equipamento para ter acesso a internet móvel.
Já “network slicing” se trata do fatiamento rede 5G, onde é possível ter várias redes lógicas virtuais e independentes dentro da mesma infraestrutura física. Ou seja, cada fatia de rede é uma rede isolada de ponta a ponta, adaptada para atender vários requisitos definidos por um aplicativo específico.
Na transmissão do Prêmio Multishow, a TIM configurou sua rede 5G de acesso manualmente no local para priorizar o uplink dos chips dos mochilinks. Com isso, foi garantido para a Globo a preferência de acesso de até 30% da capacidade de uplink da rede durante a transmissão do Prêmio Multishow. Ou seja, representa cerca de 30 Mbps de velocidade de upload, o que é o suficiente para envio de vídeo em alta definição.
Com o experimento, também foi possível o novo produto que a TIM pretende desenvolver para o mercado corporativo: uma solução de network slicing que possa ser tratada de forma automatizada, com a definição do local, horário e outros parâmetros da priorização de tráfego pelo próprio cliente. A operadora espera lançar a novidade no final do ano que vem.
“Com a Globo a configuração foi manual. A ideia é que esse produto tenha uma solução mais automatizada, para termos uma oferta comercial em escala”, explica Átila Xavier, diretor de arquitetura e inovação da TIM, em conversa com Mobile Time.
Ele também explica que o fatiamento de rede pode ser feito em diferentes camadas, não apenas no acesso, citando o exemplo de se poder reservar uma parte do core para aplicações que precisam de maior disponibilidade e resiliência.
Rock in Rio
O primeiro experimento da Globo com a tecnologia com o 5G da TIM foi nas transmissões ao vivo direto do Rock In Rio, onde foram usados quatro mochilinks. As imagens foram captadas com câmeras sem fio. Foi a primeira transmissão ao vivo em TV aberta brasileira com a rede 5G, demonstrando mais uma aplicação para essa tecnologia.
