A Meta foi multada em aproximadamente R$ 1,4 bilhão pela Comissão Irlandesa de Proteção de Dados, principal reguladora de privacidade da empresa na União Europeia, por não ter evitado o vazamento de dados pessoais de mais de meio bilhão de usuários do Facebook.
A sanção é resultado de uma extensa investigação, onde foi descoberto que a rede social de Mark Zuckerberg ignorou algumas das regras mais rígidas exigidas pelo amplo Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE. De acordo com comunicado enviado à empresa via email nesta segunda-feira (28), além da multa, o órgão fiscalizador ordenou que a unidade irlandesa da Meta garanta que seu processamento esteja em conformidade com a lei.
As investigações contra a empresa foram iniciadas pela autoridade irlandesa depois que “um conjunto de dados pessoais do Facebook” havia sido publicado na Internet, onde descobriu que as informações de 533 milhões de usuários em todo o mundo ressurgiram em um site de hackers em 2021, incluindo dados com números telefônicos e endereços de e-mail.
A investigação analisou “as ferramentas de pesquisa do Facebook, importador de contatos do Facebook Messenger e importador de contatos do Instagram em relação ao processamento realizado pela Meta” entre maio de 2018 e setembro de 2019, disse a comissão de proteção de dados.
Por meio de comunicado, a Meta se defendeu afirmando que “proteger a privacidade e a segurança dos dados das pessoas é fundamental para o funcionamento de nossos negócios” e que cooperou totalmente com a investigação dos reguladores.
“Fizemos alterações em nossos sistemas durante o período em questão, incluindo a remoção da capacidade de extrair nossos recursos dessa maneira usando números de telefone”, disse a empresa.
Até agora, essa é a terceira maior multa aplicada pelo GDPR. A primeira, recorde de 746 milhões de euros, foi aplicada à Amazon, enquanto que a segunda maior multa foi no valor de 405 milhões de euros aplicada ao Facebook, também controlada pela Meta.