Em novembro de 2021 ocorreu o leilão do 5G realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), onde participaram diversas empresas que tinham o interesse de entrar no mercado de telefonia móvel. A Unifique foi uma das companhias que conseguiu arrematar frequências na licitação e pretender sua entrada no setor no início de 2023, com operação com base em acordo de roaming e de compartilhamento.
O assunto foi discutido em reunião realizada na quinta-feira (10), com a presença do CFO da Unifique, José Wilson Júnior, que revelou a expectativa da empresa iniciar sua operação de telefonia móvel em janeiro de 2023. Ele também disse que a companhia tem a meta de comercializar chips.
“Vamos trabalhar muito com roaming nesse momento”, explicou o executivo, apontando que antenas próprias da companhia catarinense devem ser instaladas apenas a partir de 2026 (quando começam a vencer obrigações do edital). “Até essa data, podemos e vamos trabalhar com compartilhamento de antenas existentes”.
Segundo as informações, no modelo, o investimento em 5G projetado para 2023 é de US$ 5 milhões, considerado relativamente baixo. Entre os negócios com roaming e compartilhamento, a Unifique também está em meio ao processo de de configuração do núcleo (core) de rede no data center da operadora e desenvolvendo in house sistemas de suporte operacional.
A empresa também planeja retomar processos de aquisição, com processos de diligência prévia em curso ao lado de operações tanto pequenas como “coisas mais relevantes”. “Estão aparecendo boas transações”, relatou José Wilson Júnior, apontando cenário de desalavancagem da Unifique como habilitador.
Seu principal negócio, que é o de banda larga, não teve o volume ideal de adições orgânicas no terceiro trimestres, onde somaram 8,5 mil novos clientes, fora os 82 mil incorporados da Sygo, consolidada no balanço ao longo do período. No mês de setembro, a Unifique encerrou com 600 mil acessos, registrando uma alta de 41% em um ano.
Parte do desafio nas adições está vindo do ingresso no Rio Grande do Sul. “Ainda não sentimos a resposta que gostaríamos de ter, mas estamos fazendo ações”, reportou Wilson Jr. A empresa afirma que um comitê com diretores e executivos de empresas adquiridas estão trabalhando em estratégias para esse mercado. Enquanto que em Santa Catarina, afirma ser a ponta no mercado.
