De acordo com o Valor Investe, as ações da Apple caíram para menos de US$ 130 (cerca de R$ 686) pela primeira vez em 18 meses, sendo que nos pós-mercado (a curta janela para negociação de ativos depois do fechamento), os papéis desceram para US$ 129,98, o que não acontecia desde 15 de junho de 2021. No pregão desta terça-feira (27), na Nasdaq, as ações eram negociadas a US$ 130,03, nova mínima de fechamento neste ano.
Foi uma queda de 1,39%, sendo que durante o dia o ativo da empresa em bolsa chegou a recuar 1,7%, pressionado pelas notícias sobre o novo surto de covid-19 na China.
Segundo informações, a reação do mercado ocorreu depois que a Nio, fabricante de veículos elétricos com sede na China, reduziu suas perspectivas de entrega em meio aos desafios de produção relacionados à covid, de acordo com a agência Dow Jones.
Esse cenário afeta direta e indiretamente a operação da fabricante do iPhone na China, onde se encontra o maior polo fabril e cadeia de suprimentos da Apple. Desde novembro, que especialistas alertam para o risco crescente de uma interrupção na produção de smartphones da empresa, o que poderá durar meses.
As ações da Apple caíram 12,4% em dezembro, até então, colocando-a no caminho para o desempenho mensal mais fraco desde que cedeu 12,8% em maio de 2019, e a primeira queda em dezembro desde 2018. No ano, o papel acumula perdas de 28%, o que marca o pior desempenho anual desde 2008, quando as ações caíram 56,9% durante a crise financeira do subprime nos Estados Unidos.
Desde o ano passado, que a Apple tem enfrentando problemas para sustentar a produção do iPhone, resultando na escassez do produto na Black Friday deste ano. Em 2022, a norte-americana teve que reduzir o expediente e até fechar fábricas na China devido às políticas de contenção da covid, cujo país também produz componentes para os produtos da Apple, especialmente o iPhone.