Nesta quarta-feira (28), o Metrô de São Paulo lançou uma licitação de concessão onerosa da infraestrutura e sistemas de telecomunicações da linha de transporte. Ou seja, irá conceder alguns de seus sistemas de telecomunicações, incluindo a banda de sua Infovia, rede de alta velocidade que integra suas estações, e cabos de fibra óptica, em troca de internet em estações e trens.
O objetivo é fornecer internet grátis para os passageiros do Metrô nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, que deverá ser implantada pela futura concessionária, além de ampliar suas receitas não-tarifárias ao receber percentual da receita obtida pela concessão.
Além disso, ainda haveria a implantação de nova infraestrutura e equipamentos para permitir a melhoria do sinal das operadoras de telefonia móvel, com o intuito de modernizar e trazer mais qualidade ao serviço oferecido atualmente.
Para nível de entendimento, a concessão onerosa ocorre quando a União cede um direito de exploração de um recurso de sua propriedade em troca de uma remuneração.
Nesse caso, a futura concessionária que ganhar a licitação poderá ter acesso à chamada Infovia-Metronet e às fibras ópticas remanescentes para utilizar em seus serviços pagos. Em troca, deverá fornecer acesso ao serviço móvel de celular a uma rede wi-fi aos usuários das linhas de transporte.
Com a concessão onerosa, que deve ter duração de 30 anos, o Metrô de São Paulo deverá receber um valor inicial de outorga, além de um percentual que será definido pela maior proposta dos participantes da licitação. A sessão pública de recebimento de propostas está marcada para o dia 30 de março de 2023.
Segundo o portal Metrô CPTM, não há informações do motivo, mas a Linha 15-Prata, de monotrilho, não está incluída no pacote da licitação. Além disso, as empresas interessadas no processo ficarão restritas a grandes grupos de telecomunicações, e que estiverem interessados em explorar comercialmente os cerca de 57 km de vias dos três ramais: 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.
Após o processo de licitação, já com o futuro operadora estabelecido, o prazo máximo para que o serviço gratuito entre em funcionamento nas três linhas seria de três anos, começando a contar a partir da assinatura do contrato. Ou seja, os passageiros devem ter acesso gratuito à internet no Metrô de São Paulo até 2026.