As operadoras de telecomunicações querem que o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, crie linhas de crédito para financiar empresas que querem se modernizar através do 5G.
A ideia é dar seguimento à chamada indústria 4.0. Atualmente poucas empresas estão usando o 5G no seu maquinário. Em montadoras, por exemplo, a nova rede de internet pode ajudar na produção evitando superlotação dos pátios.
Na parte do agronegócio, empresas como Bom Futuro e SLC Agrícola conectam o maquinário com o 5G para troca de informações em tempo real sobre pragas e condições climáticas. Tudo isso graças a instalação de infraestrutura exclusiva das operadoras de telefonia para as empresas.
As parcerias entre as empresas e as operadoras nos interiores afastados das cidades funcionam assim: as teles levam a infraestrutura, mas são os clientes que custeiam o investimento.
Com isso, as operadoras acreditam que o ideal seria o BNDES financiar projetos. Elas argumentam que o 5G é uma ferramenta importante para o mundo corporativo.
Oficialmente não há nenhuma conversa sobre o assunto entre as operadoras e o futuro presidente do banco, Aloizio Mercadante. Mas a expectativa é que com o início do mandato do governo Lula haja esse diálogo, já que o presidente eleito deu a Mercadante a função de fomentar a reindustrialização do país, e o 5G é um dos caminhos para isso.
Marcos Ferrari, presidente da Conexis, fora o agronegócio, os outros setores da economia do país está parado e precisa de um elemento para modernização:
“A quinta geração pode ser um elemento decisivo para a modernização produtiva, mas os setores não têm incentivos para adotá-la”.
Espera-se que o 5G impacte positivamente o país inteiro, não só na experiência do usuário individual que precisa da rede móvel no seu celular. Mas também nas soluções dentro das indústrias, telemedicina, agronegócio e etc, pois o 5G tem rapidez e estabilidade para contribuir com todos esses setores.
