Os primeiros provedores contratados para participar do projeto de conexão nas escolas foram anunciados nesta semana. O projeto é conduzido pelo GAPE (Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas) e é exclusivo para instituições escolares públicas.
O projeto-piloto foi aprovado no começo de novembro pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e agora começa a ser colocado em prática. A previsão da EACE (Entidade Administrativa da Conectividade nas Escolas) é entregar as primeiras escolas conectadas no início do ano letivo de 2023.
Criado a partir do leilão do 5G, o projeto de conectividade escolheu dois municípios em cada região do país, no total são 177 escolas públicas rurais, urbanas e algumas em áreas quilombolas e indígenas.
Essas escolas vão receber conexão com a Internet banda larga, wi-fi nas áreas comuns e laboratório de informática móvel, com os equipamentos necessários.
Vicente Aquino, presidente do GAPE, e conselheiro da Anatel afirma que a escolha dos provedores foi uma medida técnica, mas que mostra que logo a vida de muitas crianças vão ser mudadas:
“Muitas delas vão começar 2023 estudando em uma escola conectada, ou seja, terão acesso a uma educação em linha com o que é preciso para que possam se integrar à sociedade e, no futuro, ao mercado de trabalho.”
A seleção dos provedores aconteceu através de uma contratação que foi aberta no site da Anatel no mês de novembro, no total são 11 empresas que vão participar desse processo do projeto.
“Com os provedores, começamos a conectar as 177 escolas selecionadas no projeto-piloto e também a detectar eventuais dificuldades do processo, para que possamos replicar as melhores soluções nas demais escolas que também vão receber a conectividade com o projeto”, disse Maxwell Vieira, presidente da EACE, entidade responsável por operacionalizar toda a conexão para as escolas.
Como vai funcionar o projeto
Composto pela Anatel, Ministérios da Educação e das Comunicações, e as empresas vencedoras do leilão 5G faixa de 26 GHz, Algar Telecom, Claro, Telefônica, dona da marca Vivo, e TIM, esse projeto conta com R$ 3,1 bilhões para uso em obrigações definidas no edital do 5G.
Para organizar essas questões foram criados o GAPE, que tem a missão de fiscalizar a EACE, responsável pela execução do projeto.
Ao todo, no Brasil existem 1.558 municípios com escolas sem internet, totalizando mais de 92,7 mil alunos desconectados. Aproximadamente 90% dessas escolas ficam na região Norte e Nordeste. Os dados incluem também quase 3.241 escolas sem energia elétrica. Portanto o objetivo é solucionar esses problemas.
Nesta fase do projeto-piloto estão sendo contempladas escolas nas seguintes localidades: No Norte, Pau D’Arco (PA) e Espigão do Oeste (RO), no Nordeste, Baía da Traição (PB) e Santa Luzia do Itanhy (SE), no Centro-Oeste, Gaúcha do Norte (MT) e Cavalcante (GO), na Região Sudeste, Berilo (MG) e Silva Jardim (RJ) e na região Sul, Entre Rios (SC) e Coronel Domingos Soares (PR).