As ações da Oi (OIBR3) dispararam em quase 40% nesta quarta-feira, 25. Na terça-feira, 24, a operadora fechou o pregão em elevação de 22,83%, com cotação de R$1,56. E até o momento em que essa matéria foi feita a companhia seguia com os números em alta.
Às 16H40, pelo horário de Brasília as ações ON subiram 39,10%, com a cotação de R$ 2,17.
Já os papéis preferenciais, que dizem respeito a OIBR4 tiveram elevação um pouco menor, mas também significativa. Subiu 19,45%, com cotação de R$ 4,91. Sendo que ontem fechou o pregão também em alta, mas com 14,80%, cotados a R$ 4,11.
Segundo os analistas do site Investing.com, a média das estimativas é de um preço-alvo de R$ 7,50 para as ações PN, ou seja, um potencial de valorização de 52%.
O analista da Levante Investimentos, Flavio Conde, disse que essa disparada nas ações da Oi está ligada à alta volatilidade dos papéis. Ele afirmou que a queda da companhia no mercado financeiro já foi tão profunda, que qualquer compra causa esse efeito.
“A ação já caiu tanto, mas tanto, que qualquer compra mais forte de institucional já sobe. De fato, não há qualquer notícia ou fato que justifique tal alta”.
A recuperação da Oi ainda não refletiu na reputação da tele no mercado financeiro
Para os especialistas do mercado de ações a Oi já não representa mais aquela companhia bem vista que um dia foi. Antes, mesmo em tempos de crise, a operadora era considerada uma das queridinhas. Mas hoje, as coisas mudaram.
As altas elevadas da companhia têm sido recorrentes, os papéis se elevam com muita facilidade e se em algum momento as ações despencaram muito, hoje disparam positivamente.
Porém, toda essa movimentação só reforça o comentário de Flavio Conde. A empresa já esteve em uma situação muito crítica financeiramente falando, a queda foi profunda. E hoje, qualquer compra causa esse efeito.
O banco Santander e a Empiricus Research são duas empresas que desaconselham os investimentos na Oi, mesmo com resultados como os de hoje. Para eles, os desafios que a operadora ainda vai enfrentar com a reestruturação ainda podem prejudicar os resultados na bolsa de valores.