Nesta quinta-feira (12), se tornaram públicos os gastos do cartão corporativo feito por Jair Bolsonaro enquanto ocupava a Presidência da República do Brasil. Entre os gastos do ex-presidente consta um valor de R$ 20.176,60 com serviços de internet, que vão desde pequenos pacotes de dados móveis a valores elevados de banda larga.
Dentre os maiores gastos estão o pagamento de R$ 7 mil a uma pequena empresa de banda larga de Goiás, chamada Arp Fibra, que segundo o Olhar Digital, foi confirmada pela provedora, que explicou que o valor elevado foi por causa da necessidade do serviço, onde foi preciso montar uma estrutura de rede com equipamentos próprios para um evento do ex-presidente em Flores de Goiás, zona rural goiana, em novembro de 2022.
Houve outro pagamento de R$ 7 mil (duas parcelas de R$ 3,5 mil) feito pela empresa All Net, especializada em links dedicados, que explicou que prestou serviços para o evento de formatura dos alunos do Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento da Marinha do Brasil, que ocorreu no dia 10 de setembro de 2020. Bolsonaro participou da cerimônia, transmitida pelo canal oficial do governo no YouTube.
Outra rede, a Connect Link Telecom recebeu um pagamento de R$ 1,7 mil, mas a empresa não respondeu ao contato do Olhar Digital. Inclusive, o número de contato da companhia encontrava-se fora de área, assim como não havia informações em seu site.
No documento, outros gastos do cartão corporativo com internet feitos durante o governo de Jair Bolsonaro também aparecem empresas como a antiga Brasil Telecom e a antiga Telemar Norte Leste.
Confira a lista:
- Oi Brasil (antiga Brasil Telecom): R$ 797,8
- Lojas Americanas: R$ 1.530
- Oi S/A (antiga Telemar Norte Leste): 127,47
- Multisom: R$ 132
- Brisanet: R$ 60
- Carrefour: R$ 100
- Mario Nelson de Oliveira – ME: R$ 722,4
- Telecomunicações de SP SA: R$ 171,45
- Longiargi Informática e Serviços LTDA: R$ 137,4
- Magazine Luiza: R$ 100
- Vivo: R$ 592
A exposição dos gastos feitos no cartão corporativo do ex-presidente foi possível por causa de um pedido realizado pela agência Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
Vale ressaltar também que, o documento onde constam essas informações do governo Bolsonaro, que foi de 2019 a 2022, também são registradas os gastos dos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2010, o mandato e meio de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2016, e o mandato efêmero de Michel Temer, de 2016 a 2018, que também estão abertos para consultas.