De acordo com dados divulgados por uma pesquisa da Canalys, a Apple liderou o mercado global de smartphones no quarto trimestre do ano passado, tendo participação de 25% do mercado, mesmo que tenha tido redução no número de dispositivos vendidos em comparação ao ano anterior.
A empresa norte-americana passou por problema com a produção da linha iPhone 14 na China, especialmente na fábrica da Foxconn na região de Zhengzhou. No entanto, isso não afetou a Apple que ultrapassou a porcentagem de mercado registrada em 2021, que foi de 23% de mercado.
Em seguida vem a Samsung abocanhando 20% do mercado global de smartphones. A Xiaomi manteve o terceiro lugar, apesar de sua participação ter caído para 11% no quarto trimestre, principalmente devido aos desafios na Índia. OPPO e vivo completam os cinco primeiros, obtendo 10% e 8% de participação de mercado, respectivamente.
Para nível de comparação, em 2021, as marcas fecharam o ano com 19%, 13%, 9% e 8%, respectivamente. O resto do mercado, por sua vez, ficou responsável por 26% das vendas — uma queda em relação ao ano anterior (28%).
Analista de pesquisa da Canalys, Runar Bjørhovde, afirma que “Os fornecedores de smartphones têm lutado em um ambiente macroeconômico difícil ao longo de 2022. O quarto trimestre marca o pior desempenho anual e do quarto trimestre em uma década”.
“O desempenho do mercado no quarto trimestre de 2022 contrasta fortemente com o quarto trimestre de 2021, que viu uma demanda crescente e problemas de oferta menores”.
Expectativa para 2023
Segundo Le Xuan Chiew, analista de pesquisa da Canalys, os fabricantes chegam neste novo ano com cautela, priorizando a lucratividade e protegendo a participação de mercado. “Os fornecedores estão cortando custos para se adequar à nova realidade do mercado”, afirma.
A Canalys prevê um crescimento estável no mercado de smartphones este ano, mas as condições difíceis devem permanecer. “Embora as pressões inflacionárias diminuam gradualmente, os efeitos de aumentos nas taxas de juros, desacelerações econômicas e um mercado de trabalho cada vez mais difícil limitarão o potencial do mercado”, acrescentou Chiew.