A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou que os conteúdos que defendem a invasão e a destruição do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorridas no domingo, 08, em Brasília, serão removidos e bloqueados das suas redes sociais. Os atos antidemocráticos foram protagonizados por milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob o pedido de intervenção militar.
De acordo com a BBC, um porta-voz da empresa afirmou que seriam excluídas imediatamente postagens “pedindo que as pessoas peguem em armas ou invadam à força o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios federais“. A política da empresa é acelerar o processo de renovação desses conteúdos.
“Também estamos classificando isso como um ato de violação, o que significa que removeremos conteúdo que apoie ou enalteça essas ações”, acrescentou o porta-voz. “Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos excluindo conteúdo que viole nossas políticas.”
A medida da Meta também já foi tomada em outros incidentes graves, como a invasão do Capitólio dos Estados Unidos em janeiro de 2021, que também foram considerados atos de violação, onde os conteúdos que apoiassem o ato inconstitucional também foram removidos das redes sociais.
Retirar esses conteúdos das redes sociais da empresa de Mark Zuckerberg é de extrema importância, especialmente do Instagram e WhatsApp, uma vez que são as principais plataformas usadas como ferramenta para a mobilização da invasão ocorrida em Brasília. Inclusive, várias convocações dos vândalos foram feitas por meio de grupos no aplicativo de mensagem.
Ações contra os ataques em Brasília
No objetivo de prender os responsáveis e os que participaram da invasão, o Supremo Tribunal de Justiça determinou que as empresas de telecomunicações, especialmente as de Serviço Móvel Pessoal (SMP) compartilhassem dados de geolocalização daqueles que estiveram na Praça dos Três Poderes no domingo.
Em resposta aos atos golpistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal até 31 de janeiro.
“Não existe precedente para o que essa gente fez e, por isso, essa gente terá que ser punida. Nós vamos inclusive descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília, e todos eles pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade, esse gesto antidemocrático e esse gesto de vândalos e fascistas”, declarou Lula, ao anunciar a medida.