A Meta sinalizou que o metaverso vai exigir muita banda larga. Isso porque é necessário uma boa conexão de internet para que usuários usem de forma sincronizada os ambientes de alta resolução.
O metaverso é a grande aposta da Meta, que é a empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. Mark Zuckerberg, CEO da big tech, tem certa fissura no conceito, embora até então não tenha apresentado como usar a tecnologia nas plataformas que gerencia.
O projeto de metaverso da Meta ainda está em fase inicial
Segundo Chris Cox, CPO (Chief Product Officer) da Meta, a tecnologia enfrenta um dilema entre gráficos, latência e sincronia. Ele falou sobre isso em um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira, 18.
“Por que o metaverso ainda não tem alta resolução? A resposta é que, se você quer alta resolução, precisa enfrentar o dilema contra concorrência. E se você quer alta concorrência, há o dilema contra latência”.
Em ciência da computação a “concorrência” significa os processos feitos simultaneamente que disputam o acesso de recursos compartilhados. E a proposta do metaverso é que o usuário interaja em tempo real no ambiente virtual junto com outras pessoas.
O representante da Meta ainda explicou que apesar de já ter sofrido muitas críticas dos acionistas, o projeto do metaverso ainda está em fase inicial.
Meta está criando peças para que a tecnologia seja viável
Para explicar melhor o dilema que traz essa tecnologia ele fez uma comparação com um clube de comédia. Além do desafio de aliar avatares sincronizados com gráficos em alta resolução, o ambiente precisa de muitos usuários para que seja uma experiência parecida com a do mundo real.
“No metaverso, ficou claro que um clube de comédia com 18 pessoas não funciona. Você precisa de uma sala maior para ouvir os murmúrios, as risadas e os sussurros”.
O executivo ainda acrescentou que o investimento da Meta tem sido também em peças de hardware. Segundo ele, não existem os produtos que eles precisam para que o metaverso seja possível da maneira que eles idealizam.
“Estamos desenvolvendo hardwares [para o metaverso] porque eles não existem. Ou seja, essas coisas não existem no mundo, mas nós queremos que elas existam. Não pensamos em nos tornar uma companhia de hardware, mas, se você quer dar vida a essas experiências, às vezes, você precisa construir o hardware”.
