Em um relatório divulgado recentemente pelo Santander sobre o setor de telecomunicações, após revisar as ações da Oi, a empresa decidiu classificar de “Manutenção” para “Abaixo do mercado”, ou seja, recomenda a venda. Além disso, também reduziu o preço-alvo dos papéis para o final de 2023 para 15 centavos, um centavo a menos do valor de fechamento desta quarta-feira (4).
Os analistas do Santander argumentam que “A redução em nosso preço-alvo é explicada principalmente pelo consumo de caixa acima do esperado nos nove primeiros meses de 2022 e menores estimativas operacionais de curto a médio prazo“.
A Oi, que saiu ano passado do processo de recuperação judicial, irá enfrentar desafios operacionais nos próximos anos para manter a queima de caixa elevada. No entanto, o Santander considerou também a existência de “risco de alta”. Entre eles, a Oi conseguir ter um resultado favorável no processo de arbitragem com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que pode gerar créditos tributários.
Outro risco de alta é na possibilidade de uma reavaliação da V.tal, empresa de rede neutra, onde ainda tem participação acionária de 34%.
TIM e Vivo?
Em relação às outras operadoras (TIM e Vivo), o relatório aponta que a TIMS3 é a melhor escolha dentre as empresas de telecomunicações no país, tendo atualmente o preço-alvo de R$ 18, oque representa um potencial de alta de 51% da ação. O Santander espera que a operadora tenha um impulsionamento no crescimento orgânico, proveniente de uma dinâmica de preço favorável no segmento móvel.
Para a Vivo (VIVT3) , embora o Santander tenha recomendado a compra das ações, ela cortou o preço-alvo de R$ 57 para R$ 55. Em comparação ao valor cotado na quarta-feira (04), de R$ 36,44, é um potencial crescimento de 51%.
Segundo os analistas, os papéis da operadora tiveram um desempenho significativamente inferior ao Ibovespa ano passado, o que pode ter sido motivado pelas preocupações com os resultados financeiros e seu potencial impacto na capacidade da empresa de distribuir dividendos.