Recentemente, o mercado foi bombardeado com notícias sobre o rombo de R$ 20 bilhões encontrado no caixa da Americanas, levando a empresa a entrar em processo de recuperação. Embora pareça que um negócio não tenha nada a ver com outro, o setor de telecomunicações também poderá será afetado pela situação financeira da varejista.
Acontece que a TIM, uma das três maiores e principais operadoras de telefonia móvel do país, tem relação comercial direta com a Americanas. Em outubro de 2022, a TIM anunciou uma parceria com a empresa para a criação de uma loja virtual dentro da plataforma digital da rede de departamentos.
Na época, a operadora tinha a intenção de ampliar sua presença em canais digitais, aproveitando da base de cerca de 53 milhões dos clientes ativos do marketplace (mercado online) da Americanas, que seria a responsável pela logística da operação, assim como o recebimento e armazenagem de mercadorias no estoque, separação dos pedidos, embalagem e o envio do produto para o cliente final. Inclusive, também ficaria responsável pelo atendimento ao consumidor.
De acordo com o portal Valor, na manhã desta sexta-feira (20), a loja virtual da TIM dentro do mercado online da Americanas ainda estava ativa, embora tivesse um pequeno número de produtos, sendo que são basicamente SIM cards (chips). A relação comercial entre as duas empresas é ampla, então há um grande desconforto causado pela recuperação judicial da varejista.
Questionada sobre a situação financeira da Americanas, se afetaria o relacionamento comercial e deixaria de fornecer produtos à empresa, a TIM preferiu não comentar o assunto.
A Vivo e a Claro também foram procuradas para falar sobre o caso, uma vez que há produtos das operadoras disponibilizados no site da Americanas, mas ambas afirmaram que não comercializam smartphones na plataforma digital da varejista.
A Vivo ressaltou que os produtos disponibilizados no marketplace da Americanas são oferecidos por terceiros. Enquanto que a Claro afirmou que “não vende aparelhos e não tem marketplace na Americanas”. Entretanto, quando questionada sobre os chips eletrônicos que são vendidos diretamente pela varejista, a Claro não fez declaração sobre.