De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o segmento de TV por assinatura continua em queda. O setor fechou o mês de novembro de 2022 com uma base de 12,55 milhões de clientes. Se considerar as bases dos serviços livres de assinatura, o total vai para 14,19 milhões de usuários.
Considerando apenas os pagantes, foi registrado uma redução de 0,5% no mês, e um acúmulo de perda de 6,2% no período de um ano. Embora apresente queda, houve crescimento na região Nordeste, sendo a única a seguir uma tendência de ampliação do serviço.
Segundo os dados, a região nordestina apresentou um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo mês de 2021, embora os estados da Paraíba e de Pernambuco tenham acumulado queda de 2,5% e 0,7%, respectivamente. Saindo do Nordeste, houve crescimento no estado do Pará (1,5%), Espírito Santo (7,5%) e Minas Gerais (4,7%) no período de um ano.
Mesmo que tenha ocorrido crescimento líquido em alguns estados, o percentual de habitantes com acesso ao serviço (densidade) teve queda em todos os estados federativos. O valor caiu 1,6 ponto percentual, sendo que em novembro de 2021 as empresas tinham contrato com 8% dos habitantes da região sul, por exemplo, contra 6,4% da população registrado em novembro em 2022.
Em relação às operadoras que prestam o serviço, a Claro manteve sua liderança, obtendo 41,5% de participação do mercado, seguida da SKY (32,2%), Oi (15%) e Vivo (7,9%). Importante ressaltar que esses números, assim como todos os dados computados no balanço da Anatel, desconsideram as bases dos serviços de canais lineares distribuídos por streaming, como o Claro TV+ e o DGO, das duas líderes de mercado.
Mesmo o ranking do market share das operadoras de TV por assinatura não tendo alteração, houve alteração na participação das empresas na análise de um ano, pois a Claro e Vivo perderam mercado, 4,2 e 0,5 pontos respectivamente. Já a SKY e a Oi conseguiram crescer suas participações, 2,3 e 1,9 pontos percentuais, respectivamente.
Outro ponto que deve ser lembrado é que a base de assinante da Oi foi vendida para a SKY, em uma operação que ainda não foi finalizada. Ou seja, após a conclusão do negócio, a SKY pode até ultrapassar a Claro e assumir a liderança no setor.
