O governo dos Estados Unidos tem aplicado sanções a determinadas empresas de tecnologia de origem chinesa, a Huawei é uma delas. Acontece que o país norte-americana pretende aumentar as restrições para a disponibilização de componentes da marca.
De acordo com a agência Reuters, o governo Biden parou de aprovar licenças para empresas norte-americanas exportarem a maioria dos itens para a Huawei. Ou seja,
a marca chinesa não terá mais acesso a chips da tecnologia 4G de empresas norte-americanas, como a Qualcomm, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
Segundo as fontes, Biden pretende proibir a exportação de chips “abaixo do nível 5G, incluindo itens com 4G, Wi-Fi 6 e 7, inteligência artificial, e componentes de computação e nuvem em alta performance”. Com isso, a Huawei encontrará problemas para produzir celulares da maneira que faz atualmente. Modelos costumam ser comercializados com versões específicas dos chipsets da Qualcomm, para que suportem apenas as conexões 4G.
Essas sanções dos Estados Unidos também devem afetar a produção de outras linhas de produção da empresa chinesa, como os notebooks, uma vez que a medida muda também as relações com empresas como a Intel, AMD e Microsoft, entre outras.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que a China se opõe ao abuso dos Estados Unidos, que usa do argumento de segurança nacional para suprimir empresas chinesas de forma irracional.
A medida “vai contra os princípios da economia de mercado e as regras do comércio e finanças internacionais, fere a confiança que a comunidade internacional tem no ambiente de negócios dos EUA e é uma hegemonia tecnológica flagrante“, disse Mao durante entrevista coletiva em Pequim na terça-feira.
Desde 2019 que a Huawei entrou em uma lista negra comercial pelas autoridades dos Estados Unidos, restringindo a maioria dos fornecedores estadunidenses de enviar mercadorias e tecnologia para a empresa, a menos que recebessem licenças.
Na época, as acusações de espionagem geraram grande desconfiança por parte dos norte-americanos, devido aos laços próximos que a empresa mantém com o governo chinês. As autoridades continuaram a apertar os controles para cortar a capacidade da Huawei de comprar ou projetar os chips semicondutores que alimentam a maioria de seus produtos.