A Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, e a Oi, se reuniram hoje, 07, após a entidade convocar a operadora e de lançar um grupo de trabalho focado no momento financeiro que a empresa vive .
O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, disse que o foco do pedido da cautelar feito pela operadora, que já foi aprovado pela Justiça, é para renegociação de dívidas financeiras e não para negociar questões regulatórias.
“O pedido da cautelar foca-se na reestruturação da dívida financeira. Não temos nenhuma intenção de rever nenhum tipo de acordo e negociação de transação de crédito da Anatel ou de qualquer outro tipo de obrigação que já tenha sido transacionada. Isso foi deixado muito claro tanto na peça, como na discussão com a agência”.
Além disso, o presidente da operadora defendeu a medida que a Justiça aprovou, dando 30 dias para que a negociação seja feita. Do contrário, a operadora deverá entrar em recuperação judicial novamente, já que isso está previsto na nova lei, aprovada em 2020.
“O pedido de cautelar faz parte do processo de recuperação , não é uma medida exótica, não é um subterfúgio. Faz parte da lei recuperação e essa discussão está andando”.
Segundo Abreu, a Oi está sob o seguinte tripé: a construção de uma nova empresa, a negociação das dívidas e a concessão. Para ele, a operadora segue sendo operacionalmente viável, porém se as questões financeiras continuam em aberto, essa realidade passa a deixar de existir.
Sobre a concessão, o presidente lembrou que há uma arbitragem em curso, onde está sendo avaliado se há ou não dívida da concessionária para a União ou o contrário. Porém ele acrescentou que essa é uma discussão para o futuro.
Por fim, ele falou sobre a avaliação de que a crise na empresa surgiu por conta da venda da Infraco e o contrato feito com o grupo BTG Partner e Globenet:
” É uma análise simplista. Esta gestão tem convicção de que, se não tivesse tomado todos os passos de reestruturação de companhia, de venda de ativos, de criação de operações estruturadas e de separação estrutural, a companhia hoje não existiria”.