De acordo com o superintendente de Controle de Obrigações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Gustavo Borges, já houve queda no site da agência em relação às reclamações do 4G nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, em comparação ao aumento registrado no final de 2022.
A folga nesse segmento é resultado da migração dos usuários da Oi para a Claro, TIM e Vivo, que compraram a unidade de telefonia móvel. “Faremos uma reunião ainda esta semana com as operadoras, para acompanharmos as medidas tomadas e demais providências. O pior já passou, mas há questões relacionadas à degradação que ainda precisam ser esclarecidas e resolvidas e vamos cobrar das empresas”, afirmou Borges.
Na análise de Borges, os usuários foram os mais beneficiados com a migração para as três operadoras compradoras, uma vez que passaram a ter acesso a uma cobertura mais ampla do que a Oi tinha, além do serviço de banda larga mais eficientes, já que a Oi não tinha frequência para recepcionar a nova tecnologia aos seus clientes.
Acontece que a Oi não participou do leilão realizado pela Anatel em 2014 sobre a venda do espectro de 700 MHz, cuja faixa deixou para ser leiloada no leilão 5G promovido em novembro de 2021, e que foi comprada pela operadora Winity, controlada pelo fundo Pátria Investimentos.
Gustavo Borges também falou sobre a pesquisa da Open Signal, onde fala do upgrade nos serviços dos clientes da Oi, onde foi constatado que houve aumentos na velocidade e na disponibilidade e nas métricas de experiência para esse grupo de usuários.
Vale lembrar que em reunião com os diretores das operadoras e Conexis Brasil Digital no mês passado, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, falou sobre a má qualidade que as empresas estavam ofertando nos serviços móveis 4G. Sobre esse caso, o CEO da Claro, Paulo Cesar Teixeira, defendeu que se tratava da concentração pela migração de clientes da Oi Móvel de uma única vez, mas que já tinha normalizado.