Ontem foi celebrado o Dia da Internet Segura no Brasil, onde ocorreram diversos eventos para falar sobre a segurança no meio virtual, com assuntos que vão desde o controle do uso das redes sociais pelo público infantil até segurança cibernética. Um desses eventos foi organizado pelo NIC.br, que contou com a presença de representantes do TikTok, da operadora Vivo e da Google.
Priscilla Silva Laterça, Gerente de Políticas de Segurança da rede social de vídeos curtos, afirmou no encontro que o TikTok deletou mais de 22 milhões de contas de criança, considerado aqui menores de 13 anos, que descumpriam regras da plataforma e corriam risco de segurança digital no quarto trimestre de 2022.
A executiva falou sobre como a empresa tem trabalhado para evitar que crianças tenham acesso a conteúdo direcionados ao público adulto. “O Tik Tok ainda é uma empresa muito nova e hoje nosso maior público é a população mais nova. Com isso, a empresa vem desenvolvendo medidas protetivas para que usuários menores de idade não possuam acesso a conteúdos voltados a um público adulto”, comentou ela.
Este ano, a rede social pretende adotar uma ferramenta para que pais e responsáveis tenham controle sobre o conteúdo que os menores de idades estão assistindo. Para garantir a suspensão de contas por usuários menores de 13 anos, analistas humanos são acionados em caso de contestação, e a detecção proativa de outros usuários é incentivada.
No evento, a Vivo foi apresentada por Bruno Ferreira Aguieira, Business Information Security Officer da operadora, que afirmou que a empresa tem iniciativas voltadas à segurança. Mas além das práticas internas, também trabalha para conscientizar os próprios usuários, para que possam se proteger e avaliar seus hábitos.
“Com a pandemia, o processo de digitalização se acelerou. Contudo, o cuidado para uma segurança digital muitas vezes foi deixado de lado. Para 2023 espera-se que, devido a falhas de segurança, mais de US$ 8 trilhões sejam perdidos, problemas como esse é que a Vivo busca solucionar”, disse Bruno Ferreira Aguieira, Business Information Security Officer da operadora.
Ele falou sobre a segurança no ambiente virtual, dizendo que o 5G e a Internet das Coisas (IoT) vão tornar as áreas de contato para ataques ainda mais amplas em função do aumento de dispositivos conectados, fazendo com que o uso adequado da tecnologia seja cada vez mais exigido. “Com esses avanços, novas tentativas de ataques à segurança digital ocorrerão, sendo cada dia mais importante a divulgação e educação sobre segurança digital para o público”, finalizou o executivo.
A advogada da Google, Giovanna Ventre, também falou sobre uma participação mais ativa dos usuários, inclusive na gestão de seus próprios dados, dando a entender que muitos não entendem a política de privacidade.
“Quando não fornecemos transparência e protagonismo ao usuário este se sente lesado pela empresa. Com isso, o Google busca fornecer protagonismo total sobre segurança digital e de dados para usuários de nossas ferramentas e uma vez que estes, porventura, decidam não mais utilizar as ferramentas da empresa, seus dados podem ser baixados ou excluídos da base da central do Google”, disse.