Em conferência para detalhar seus resultados financeiros referente ao quarto trimestre de 2022, a TIM anunciou que irá reclassificar cerca de 1 milhão de linhas que foram migradas da Oi Móvel da modalidade controle para a pré-paga. Segundo a operadora, a troca dos planos das linhas deverão ser concluídas ainda no primeiro trimestre deste ano.
A operadora, junto com a Vivo e Claro, comprou os ativos da Oi, sendo que da aquisição recebeu na transferência 16,4 milhões de linhas móveis. Entretanto, vale lembrar que no ano passado, a TIM excluiu de sua base 5,1 milhões de clientes, cujos números foram considerados inativos. O número de linhas que foram desconectadas ano passado, representaram 31% dos 16,4 milhões de linhas móveis vindas da Oi.
Segundo a TIM, o desligamento desses clientes e a reclassificação de linhas não afetarão as receitas do serviço de telefonia móvel da companhia. Até porque, nas linhas que formam desconectadas, elas já não tinham receita, enquanto que a mudança de planos não deverá mexer com as receitas já existentes.
A unidade móvel da Oi comprada pelo consórcio formado pela TIM, Vivo e Claro pelo valor de R$ 16,5 bilhões, mas as operadoras buscam reduzir o valor em R$ 3,18 bilhões por via arbitral alegando, entre outros motivos, que a base de cliente informadas pela vendedora não refletia realidade.
Resultados financeiros da TIM
Na noite desta quinta-feira (09), a TIM divulgou seu balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2022, onde obteve lucro líquido normalizado de R4 590 milhões, um recuo de 23,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A receita do serviço de telefonia móvel foi de R$ 5.305 milhões no 4T22, representando um crescimento de 22,7% ano a ano. No pós-pago teve expansão de 19,4% no ano passado, ante 2021. Já a receita no pré-pago subiu 21,3% em termos anuais. Inclusive, a TIM credita os crescimentos à migração dos clientes Oi.
Ainda afirma que como ano de 2022 foi marcado pela incorporação dos clientes da Oi Móvel, a operadora teve um aumento de 20,0% em acessos móveis, somando no quarto trimestre 62,5 milhões, e atingindo um market share de 24,8%.
