Para aprovar a venda da Oi Móvel para o consórcio formado pela TIM, Vivo e Claro, os órgãos competentes colocaram como remédios (condições) que as operadoras compradores colocassem à venda as estações rádio-base (ERBs) que pertenciam à Oi.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou para TIM, Vivo e Claro a venda de metade das ERBs recebidas da Oi com o intuito de evitar a concentração dos ativos nas mãos das três operadoras que adquiriram as redes móveis da concorrente.
As ofertas publicadas pelas operadoras totalizam a venda de quase 7 mil sites, sendo que algumas estão aptas para operar nas tecnologias 2G, 3G e 4G, nas faixas de 900 Mhz, 1.800 Mhz, 2.100 Mhz e 2.600 Mhz. Há equipamentos das fabricantes Nokia, Ericsson e Huawei.
Entretanto, embora as operadoras tenham anunciado oferta de vendas nas antenas, é possível que essas estruturas acabem se tornando sucatas, uma vez que não estão aparecendo empresas interessadas na compra das estruturas.
A TIM colocou à venda 3,6 mil antenas por um valor total de aproximadamente R$ 369 milhões, conforme descrito na oferta pública. No caso da Vivo, são 1,3 mil (cerca de R$ 50 milhões). Na Claro, foram 1,9 mil (cerca de R$ 110 milhões).
O prazo para a venda das EBs da Oi está se esgotando, uma vez que foi determinado prazo de seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais dois meses para a venda dos ativos. A primeira extensão termina na primeira semana de março. Para a Claro, o prazo é de 12 meses e termina em julho.
As operadoras têm enfrentado problemas na venda dos ativos, devido a pouca atratividade da estrutura, uma vez que muitas delas servem apenas para operar no 2G e 3G, que já estão obsoletas, especialmente com o avanço do 5G. Além disso, a empresa compradora precisa ter licença para usar as frequências, que é detida pela TIM, Vivo e Claro.
Vale ressaltar que a venda das ERBs da Oi também é de interesse das operadoras, uma vez que boa parte estão localizadas em áreas em que elas já possuem cobertura. Embora a expectativa seja baixa, ainda há tempo de potenciais compradores negociarem os ativos com a TIM, Vivo e Claro.