Em despacho publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 16, a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG-Cade) aprovou, sem restrições, a venda da Sociedade de Atividades em Multimídia (SAMM) para a empresa Luna Fibra, em cuja operação não teve o valor revelado.
De acordo com o despacho, a SAMM é uma provedora de atacado que atua em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Sua estrutura de backbone compreende uma extensão de 4.899 km de fibra subterrânea, além de 2.021 km de fibra em rede metropolitana.
Para a SG-Cade, não haveria sobreposição no mercado, já que a SAMM é uma provedora focada em acesso fixo no atacado, enquanto que a Surf Telecom é uma operadora virtual (MVNO), que opera virtualmente sob a rede de cobertura da TIM no mercado de telefonia móvel.
Vale lembrar que a Surf Telecom fez parceria com o Clube de Regatas do Flamengo, que passou a oferecer planos de voz e Internet móvel com uso gratuito e ilimitado de certos aplicativos, em especial a FlaTV+ (canal de conteúdos exclusivos do Flamengo) aos torcedores membros do programa de sócio-torcedor do clube.
Além disso, há complementaridade no serviço de teleatendimento da Luna Fibra. “Assim, entende-se que a operação configura uma mera substituição de agente econômico atualmente, não demandando, deste modo, uma análise mais aprofundada dos mercados envolvidos”.
A SAMM era uma subsidiária do grupo CCR, antes de ser comprada pela Luna Fibra, que também não é uma empresa da Surf Telecom, mas possui “sócios em comum”. A CCR é uma empresa de concessão de infraestrutura, transporte e serviços, que atua como concessionária de rodovias como a Dutra e de linhas de trem e metrô na Bahia e em São Paulo.