Por meio da Fato Relevante, a Eletromidia, empresa de mídia ‘out of home’ (especializada em formatos que impactam o consumidor fora de casa), anunciou nesta semana que fechou um acordo para a venda de 15% a 18% do seu capital para o Grupo Globo. Segundo a empresa, a fatia minoritária adquirida é do fundo Vesuvius LBO, que tem 55,32% da Eletromidia. LBO. O valor da transação não foi informado.
De acordo com a companhia, 8,57% das ações serão adquiridas diretamente pelo diretor-presidente Alexandre Guerrero, de 12 milhões de ações, e do fundo de investimento Vesuvius FIP. O contrato foi assinado no domingo (05) As demais ações serão adquiridas diretamente do mercado.
O diretor-presidente da Globo, Paulo Marinho, afirmou que “Com a aquisição dessa participação, para a qual contamos com a assessoria da Globo Ventures, vamos estar mais próximos de um segmento do mercado de publicidade altamente complementar ao da Globo”.
“Nós identificamos também com a jornada de digitalização pela qual passa a Eletromidia, uma empresa brasileira muito bem posicionada e com forte sinergia com o portfólio de negócios da Globo.”
O negócio inclui como condição a “aquisição pelo comprador de, no mínimo, 8.997.563 ações da companhia por meio de operações em bolsa de valores” até 30 dias depois da assinatura do contrato. Além disso, ainda precisa passar pelo crivo e aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Com isso, a Globo passa a ter direito a uma cadeira no conselho diretor da Eletromidia, “enquanto detiver uma participação mínima na companhia de 15% a 18% de seu capital social e direitos de proteção de minoritário“.
A receita da Eletromidia somou R$ 488 milhões em 2021, obtendo um lucro de R$ 12,3 milhões. Em dados mais recentes, a empresa reportou uma receita de R$ 579,9 milhões entre janeiro e setembro do ano passado. O valor representa mais que o dobro do mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 31,5 milhões. A instalação de painéis nas ruas foi a principal fonte de recursos da empresa, com R$ 170,9 milhões e edifícios, com R$ 108,1 milhões.
Segundo analistas da XP Investimentos, a operação é muito positiva, “pois a entrada do maior grupo de mídia brasileiro valida a tese de investimento e potencial do segmento de mídia urbana, podendo alavancar inclusive novos negócios”.
