Nesta quarta-feira (15), o Conselho de Administração do Grupo TIM (Telecom Italia) abriu oficialmente um processo competitivo para a venda dos ativos de rede que possui no país, que inclui a unidade de infraestrutura fixa da companhia italiana que inclui a FiberCop, além de participação na Sparkle, provedora de cabos submarinos.
A empresa explica que analisou as suas propostas de aquisição não vinculantes apresentadas pelo fundo KKR, que é sócia da TIM em uma empresa local de fibra óptica, e pelo banco estatal italiano CDP em consórcio com o fundo MacQuarie. Vale ressaltar que o CDP detém 60% da OpenFiber e é a segunda maior acionista do Grupo TIM, enquanto que o fundo MacQuarie também é acionista na OpenFiber, mas tem participação minoritária.
Por não considerar ambas propostas condizentes com o valor dos ativos e expectativa do Grupo TIM, o Conselho julgou melhor realizar um leilão para que as empresas possam propor ofertas com valores que reflitam o esperado. O fundo KKR e o CDP têm até o dia 18 de abril para apresentarem melhores propostas.
Inclusive, assim como ocorreu com o fundo KKR, o conselho liberou a abertura de dados, considerados sigilosos, também para o CDP, com o mesmo objetivo de melhorar sua oferta. A iniciativa serve para “facilitar o alinhamento dos termos da transação proposta com a agenda estratégica relevante para o Grupo TIM“, segundo a Telecom Italia.
Embora os valores das ofertas não tenham sido revelados publicamente, segundo a imprensa italiana, os valores foram em torno de 20 bilhões de euros, cerca de R$ 112 bilhões, cujo valor fica abaixo da dívida bruta do Grupo TIM, que é de 31,68 bilhões de euros (R$ 177,57 bilhões).
Com a abertura do processo competitivo aberto, caberá a Pietro Labriola, CEO do empresa, estruturar o leilão para os dois interessados competirem pelos ativos de rede, que inclui a fatia da TIM Itália na Fibercop, a rede fixa, e a unidade de atacado transnacional Sparkle.