A proposta de mudança no conselho administrativo da Oi deve ter mudanças. Segundo o que a própria operadora comunicou, o grupo de acionistas minoritários retirou a chapa que havia indicado para concorrer ao conselho de administração da empresa.
A votação está prevista para ocorrer em uma assembleia geral extraordinária na próxima quinta-feira, dia 16. De acordo com o comunicado divulgado, os investidores Tempo Capital Principal Fundo de Investimento de Ações, Victor Adler e VIC DTVM S/A optaram por retirar a indicação.
A reunião de acionistas que estava programada para a última segunda-feira, dia 6, foi adiada para a próxima semana devido à falta de quórum. A Oi convocou uma segunda chamada, que ocorrerá apenas online e com qualquer quórum.
É importante ressaltar que a assembleia foi solicitada pelos acionistas minoritários, tendo como principal ponto a ser discutido a possível destituição do atual conselho de administração da Oi.
A solicitação da assembleia foi feita em 25 de janeiro e a chapa alternativa foi apresentada posteriormente, em 9 de fevereiro.
Segundo a operadora, o grupo de minoritários alega que o atual conselho administrativo da Oi entrou com um pedido na Justiça para uma segunda recuperação judicial e anunciou um acordo prévio com alguns credores antes da assembleia.
“O referido acordo não atende o melhor interesse da companhia e notadamente não leva em consideração o interesse dos acionistas dela de maneira adequada. Sem prejuízo, na avaliação dos subscritores da presente, essa medida – até pela incerteza quanto às possibilidades e consequência de sua reversibilidade – cria uma aparente situação irreversível e esvazia a iniciativa proposta para deliberação da Assembleia Geral”, afirmam os minoritários.
Mesmo que a chapa tenha sido retirada, os acionistas ainda precisam decidir sobre a possível destituição do conselho de administração. Se os executivos forem removidos, os novos eleitos terão um mandato de dois anos.
Se houver uma eleição, o atual grupo que lidera a Oi irá concorrer com uma chapa composta por nove conselheiros: Eleazar de Carvalho Filho, Marcos Grodetzky, Claudia Quintella Woods, Henrique Luz, Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana, Paulino do Rego Barros Jr, Armando Lins Netto, Mateus Affonso Bandeira e Rodrigo Modesto de Abreu.
A única diferença em relação à atual mesa diretora é que Rodrigo Abreu ocuparia um assento que foi deixado por Raphael Manhães. Aliás, os acionistas minoritários retiraram a chapa completa, mas ainda mantiveram a indicação de Manhães no conselho, sem a entrada de Abreu.