Enfrentando altos e baixos de preços, as ações da Oi continuam sofrendo oscilações desde que a Justiça autorizou uma segunda recuperação judicial na semana passada. No entanto, adiar a divulgação do balanço financeiro do quarto trimestre de 2022 também afetou os papéis da operadora, que no pregão de sexta-feira (17) teve queda de 3,85%, ao preço de R$ 1,25.
Nos últimos doze meses, as ações da Oi (BOV:OIBR4) desidrataram 84,76%. Como os papéis da companhia possuem valores baixos, qualquer oscilação positiva ou negativa torna-se acentuada em níveis percentuais.
No dia 17 deste mês, a empresa comunicou que o juiz Fernando Viana, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, aceitou o pedido da empresa para seguir com um novo processo de recuperação judicial, sob o argumento que ter dificuldade financeiras e não pode quitar dívidas que venceram em fevereiro, no valor de R$ 43,87 bilhões.
O pedido da Oi foi criticado por outras empresas credores, como bancos. Mas segundo Rodrigo Abreu, CEO da Oi, o novo processo será diferente do primeiro, que teve início em 2016, com dívidas de R$ 90 bilhões, e foi finalizado há três meses atrás, onde conseguiu reduzir para R$ 33 bilhões.
O executivo já havia avisado em entrevista dada ao jornal O Globo mês passado que o novo processo de recuperação judicial seria “muito mais rápido”. “[A nova recuperação judicial] seria muito diferente do primeiro processo, porque seria um processo consensual e basicamente para reconhecer toda a reestruturação da dívida financeira. Então, é muito mais rápido”, destacou Abreu na época.
Balanço financeiro
Na mesma data, foi anunciado que o balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2022 da Oi seria adiado para 27 de abril. A divulgação dos dados estava prevista para acontecer nesta quinta-feira (23). Com as duas notícias, que de certa forma afetaram negativamente a empresa, contribuíram para a queda das ações.
