O novo programa de renegociações de dívidas do Ministério da Fazenda também irá englobar contas do setor de telecomunicações, como telefonia. O ‘Desenrola’, é uma aposta do governo federal para que famílias de baixa renda possam quitar suas dívidas, incluindo aquelas adquiridas com bancos, lojas e serviços públicos. A proposta deve ter modelo ‘fechado’ na próxima segunda-feira, de acordo com o ministro da pasta Fernando Haddad.
Ainda serão estabelecidos os parâmetros de como funcionará o programa. Por exemplo: o valor da dívida, se haverá subsídio e de quanto, entre outros. “O programa está montando, mas os parâmetros precisam ser validados: até quanto de dívida nós vamos considerar, se terá subsídio e até quanto para a população de baixa renda, e de onde nós estamos propondo que o dinheiro saia. Isso é uma decisão que cabe a ele (Lula) tomar. A peça legal (do programa) está pronta. Segunda-feira é a reunião de validação. Fechamos (o programa) e marcamos a data da assinatura“, disse Haddad.
Segundo Fernando Haddad, o programa de renegociações de dívidas oferecerá condições facilitadas para que as pessoas possam negociar suas dívidas até um certo limite, que ainda será definido. A aposta é que o ‘Desenrola’ dê um impulso ao consumo, e ajude na retomada da economia, ajudando até 40 milhões de brasileiros que estão endividados e têm renda de até dois salários mínimos, equivalente a R$ 2.640.
De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), praticamente oito em cada dez famílias brasileiras (77,8%) estão endividadas. O atual cenário de endividamento é recorde, existindo quase 7 milhões de consumidores com o nome negativado por causa da inadimplência.
Com o programa ‘Desenrola’, a proposta é limpar o nome dos consumidores inadimplentes e que deve ser promovido e viabilizado através da Caixa Econômica Federal. O governo vai fazer leilões para obter o maior desconto possível nos débitos com bancos, varejistas e companhias de água, gás e telefonia.
Após os leilões, os consumidores irão acessar um portal e verificar se sua dívida foi alvo de renegociação, que poderá ter descontos e refinanciamento de até 60 meses. Pelo que parece, uma medida provisória vai permitir ao governo federal intermediar as renegociações com os bancos e as empresas.