O Cabo Submarino na Bahia, que foi rompido no início de março e está causando problemas de conectividade na região, vai receber manutenção através da empresa que é responsável por ele. A Telxius vai enviar um navio de manutenção para reparar o cabo ou, talvez, substituir o material, caso seja preciso.
Ainda não se sabe o que houve com o cabo submarino alocado na Bahia, e só poderá ser investigado o que aconteceu quando for retirado o material para ser avaliado fora do oceano.
Não é possível que Cabo Submarino na Bahia tenha sido afetado por vandalismo ou animal marinho
Segundo Rafael Sgrott, presidente da empresa no Brasil, é descartado que tenha sido um ato de vandalismo ou até que um animal marinho tenha danificado o cabo.
“Não é um dano causado por vandalismo – seria impossível – ou animal marinho. É um desgaste. O cabo tem 23 anos, mas a vida útil é muito mais longa”.
A falha ocorrida no cabo SAM-1, que conecta Fortaleza a Santos (SP) através de Rio de Janeiro e Salvador, foi identificada em uma derivação a 30 km da costa de Salvador. O cabo se encontra em uma profundidade que varia entre 1.5 mil e 2 mil metros abaixo da superfície do mar.
O conserto da derivação danificada será realizado por um navio de manutenção do consórcio APMA, que deve repor as peças necessárias antes de chegar ao Brasil. Esse navio costuma atuar nas águas do Oceano Atlântico e Pacífico. A previsão é que a manutenção, incluindo eventual substituição do componente, seja concluída em até 30 dias.
“Nunca tivemos nenhum incidente desse tipo em 23 anos de operação. Já enfrentamos furacão e tsunami, mas nada que gerasse esse problema. Só vamos descobrir quando puxar o cabo do fundo do mar”.
O acidente com o Cabo
No sábado, dia 4 de março, houve uma falha na rede da Telxius, que imediatamente começou a executar um “plano de guerra” em conjunto com seus parceiros para redirecionar o tráfego de dados. Para isso, a empresa utilizou o cabo submarino AMX-1, da América Móvil, bem como infraestruturas terrestres.
Segundo o presidente da Telxius no Brasil, nos dias 6 (segunda-feira) e 7 de março (terça-feira), a empresa mobilizou uma força-tarefa com seus parceiros para desviar o tráfego que chegava à sua estação de transmissão. No dia 8 de março (quarta-feira), a Telxius notou que o SAM-1 ainda estava parcialmente operacional na derivação de Salvador, o que permitiu levantar uma contingência de modulação de tráfego com o mínimo de potência necessário.
A Telxius Brasil também afirmou que os Os provedores regionais tomaram medidas de contingência em resposta à falha do cabo submarino, o que significa que os usuários de banda larga na Bahia devem estar conseguindo usar a internet normalmente.
No entanto, é provável que haja mais instabilidades, já que uma grande parte do tráfego de dados está sendo redirecionado por infraestruturas terrestres, que são menos resilientes do que as rotas submarinas.