Nesta próxima quarta-feira (15), a Telecom Italia (Grupo TIM) pedirá que a estatal CDP e o fundo australiano Macquarie melhorem a sua oferta pelos ativos de rede fixa da empresa. De acordo com o portal Reuters, fontes familiarizadas com o assunto, afirmam que a proposta é considerada muito baixa.
No início do mês, o CDP, que detém uma participação de 10% no Grupo TIM, apresentou uma oferta não vinculativa junto com seu parceiro Macquarie para comprar a rede da TIM como parte de um plano para combinar os ativos com os da Open Fiber, rival menor da TIM. A oferta conjunta avalia a rede fixa da empresa italiana em cerca de 18 bilhões de euros (US$ 19,3 bilhões), incluindo dívidas, disseram fontes.
A abordagem é uma alternativa à oferta apresentada pelo fundo norte-americano KKR para comprar o mesmo ativo. O fundo já possui uma participação minoritária na Telecom Italia e oferece até 20 bilhões de euros, incluindo um mecanismo de ganhos de 2 bilhões de euros. No entanto, também foi considerada muito baixa pela TIM Itália, que perdeu para melhorar a proposta.
O conselho da Telecom Italia se reunirá na quarta-feira para redigir uma resposta à oferta preliminar do CDP-Macquarie. A melhoria nas ofertas também é sinalizada pela Vivendi, principal investidor da TIM. Uma das fontes disse que uma nova rodada de ofertas para a rede, vista pelo governo italiano como um ativo estratégico, pode se concretizar em abril.
A Vivendi indicou um preço de 31 bilhões de euros para apoiar a venda dos ativos da rede fixa do Grupo TIM, enquanto que a própria empresa indicou uma avaliação de 25 bilhões de euros, conforme citam as fontes ao portal Reuters ano passado.
A venda da rede do grupo faz parte dos planos do CEO da TIM, Pietro Labriola, para renovar o antigo monopólio nacional de telefonia e reduzir sua dívida de 25 bilhões de euros.
