A Apple anunciou que usará exclusivamente cobalto reciclado nas baterias até 2025. A companhia emitiu esse aviso público na quinta-feira, 13, afirmando que faz dos seus esforços para tornar seus produtos neutros de carbono até o final dessa década.
A empresa afirmou que os dispositivos de sua linha utilizarão ímãs feitos com elementos de terras raras reciclados, e suas placas de circuito impresso serão projetadas internamente com solda de estanho reciclado e revestimento de ouro.
Além disso, a Apple tem como meta se tornar neutra em carbono em sua cadeia de suprimentos e no ciclo de vida de seus produtos até 2030. Recentemente, também aumentou seu compromisso financeiro com um fundo estabelecido há dois anos, voltado para investimentos em projetos de remoção de carbono da atmosfera.
No passado, houve diversas acusações de cumplicidade direcionadas a várias empresas de tecnologia em relação à morte de crianças na República Democrática do Congo, as quais eram forçadas a trabalhar como mineradoras de cobalto. Esse mineral é de extrema importância na fabricação das baterias utilizadas na maioria dos dispositivos eletrônicos de consumo.
A maior parte do cobalto é obtida como subproduto da mineração de cobre ou níquel. No entanto, na região sul do Congo, existem depósitos próximos à superfície que são ricos em cobalto e são explorados por mineradores artesanais.
Essa prática tem levantado preocupações e questionamentos sobre a ética e a responsabilidade das empresas de tecnologia em relação à obtenção desse material crítico.
A Apple informou que em 2022, um quarto de todo o cobalto utilizado em seus produtos foi proveniente de material reciclado, um aumento em relação aos 13% do ano anterior.
Além disso, a empresa agora obtém mais de dois terços de todo o alumínio, quase três quartos das terras raras e mais de 95% do tungstênio utilizados em seus produtos a partir de materiais reciclados.