A Rede Globo vendeu o prédio histórico localizado no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, cujo edifício era uma das sedes da empresa desde sua fundação, em 1965, e agora será um prédio residencial. A pré-venda das unidades já está sendo anunciada por corretores de imóveis, mas o valor não foi revelado.
“A Globo mantém conversas sobre a venda do prédio 266 da Rua Jardim Botânico com o objetivo de alienar o ativo, que está totalmente desocupado desde agosto de 2022, reflexo da natural sinergia gerada pelas operações após a unificação dos negócios no âmbito do programa Uma Só Globo”, explica a emissora Noticias da TV.
O prédio era usado pela empresa para as áreas de marketing, assessoria de imprensa e departamento comercial. Até janeiro de 2019, havia profissionais no local, mas foram transferidos para prédios alugados na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, e para uma construção mais moderna no Jardim Botânico.
Por estar sem uso, a Globo decidiu vender o prédio para uma imobiliária, que pretende construir no espaço apartamentos quarto e sala, além de estúdios, para moradia ou aluguel por temporada. Ao todo, são 133 unidades. O nome do empreendimento será Residencial Edifício Rede Globo.
No local consta o seguinte anúncio: “Quem procura por um imóvel de luxo como investimento de alta liquidez e rentabilidade e um condomínio com total infraestrutura de lazer, serviços, segurança e tecnologia, acabou de encontrar. Com áreas de convivência completas, excelente localização no coração do Jardim Botânico no Rio, área nobre carioca, o lançamento do Edifício Rede Globo já nasce com alto potencial para ser um dos melhores empreendimentos da região“.
Balanço financeiro em 2022
A venda do prédio acontece depois da Rede Globo registrar prejuízo no balanço financeiro de 2022. A empresa fechou o ano com o Ebitda (indicador financeiro que mostra o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 41 milhões.
Mesmo com o faturamento de mais de R$ 1 bilhão só com comercialização das seis cotas de patrocínio da Copa do Mundo do Catar, a Globo pagou caro para poder exibir o torneio por conta de uma renegociação contratual com a Fifa (Federação Internacional de Futebol). O caixa da empresa fechou em R$ 15 milhões e R$ 5,5 bilhões em dívidas ano passado.