A Oi, que está em sua segunda recuperação judicial, apresentou a lista dos credores retificada e o valor de sua dívida teve um aumento de R$ 655,5 milhões em seu passivo em relação ao montante que foi apresentado anteriormente. Segundo a Veja, a dívida da empresa foi de R$ 43,7 bilhões para R$ 44,3 bilhões.
Conforme as informações, a maior parte da dívida da Oi, que corresponde a R$ 43,2 bilhões, é de quirografários. Ou seja, de credores que não têm prioridade, e só serão pagos depois dos demais. O passivo trabalhista alcança o valor de 1 bilhão de reais e estes contam com prioridade no recebimento. O restante, que equivale a menos de 100 milhões de reais, está relacionado a dívidas com micro e pequenas empresas.
Vale ressaltar que o valor apresentado ainda poderá ser questionado pelos credores. Ou seja, a Justiça dará um prazo para os credores divergirem do valor apresentado ou habilitarem novos créditos.
A Oi solicitou proteção contra os credores à Justiça em menos de três meses após anunciar o fim da primeira recuperação judicial, que foi aprovada no início de março, e a empresa precisa apresentar um plano de recuperação consolidado.
De acordo com a própria tele, a nova crise foi causada por situações, como a demora no fechamento de venda de ativos devido a “entraves regulatórios e concorrenciais e da complexidade da operação”, processo de arbitragem da TIM, Vivo e Claro com o preço da venda da Oi Móvel, além da demora no processo de adaptação das concessões.
Entre as propostas da Oi para amenizar sua situação, estava a contratação de um financiamento emergencial de US$ 275 milhões (cerca de R$ 1,37 bilhão), que foi aprovado pelo juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. De acordo com a proposta da Oi, o financiamento será dividido em duas partes. Ele terá uma parcela inicial de US$ 200 milhões e uma segunda de US$ 75 milhões.
Além disso, a empresa ainda deve a autorização para usar a sua participação na V.tal, rede neutra criada pela Oi a partir do desmembramento de seus negócios de fibra óptica, como garantia no empréstimo, que utilizará a modalidade DIP (“debtor-in-possession”).