A venda de computadores teve queda nesse começo de ano e a Apple foi empresa com pior desempenho. O mercado global de PCs apresentou forte instabilidade, registrando queda de 33% nas vendas totais de desktops e notebooks, sendo este o quarto trimestre consecutivo de quedas anuais de dois dígitos.
A baixa demanda por computadores se estendeu após a temporada de festas do final de 2022, levando o canal a priorizar a liberação de estoques.
Em relação às categorias de produtos, os notebooks foram os mais afetados, com uma queda de 34% em relação ao ano anterior, totalizando 41,8 milhões de unidades. Já as remessas de desktops apresentaram uma queda de 28%, totalizando 12,1 milhões de unidades, com um desempenho ligeiramente melhor em relação aos notebooks.
Como as marcas ficaram nessa queda no mercado de computadores
No mercado de vendas de desktops e notebooks, a Lenovo liderou com 24% de participação, enquanto a HP conquistou o segundo lugar com 12 milhões de unidades vendidas, uma queda menos dramática em relação ao ano anterior de 24%.
Já a Dell, terceira colocada, apresentou queda de 31%, totalizando 9,5 milhões de unidades vendidas. A Apple registrou um grande declínio entre os cinco principais fornecedores, com suas remessas totalizando 4 milhões de unidades, uma queda de 46%, enquanto a Asus garantiu a quinta posição, com 3,9 milhões de unidades vendidas.
De acordo com a consultoria Canalys, o primeiro trimestre de 2023 foi o período com o maior declínio de remessas no mercado mundial de PCs, com recuperação a partir do segundo semestre, mas sem ganhar força até 2024.
O setor enfrentou problemas no segundo semestre do ano passado, os quais se estenderam até o início deste ano. A demanda por PCs permaneceu baixa e os estoques se tornaram uma prioridade. A recuperação do mercado é esperada somente no último trimestre de 2023, com os consumidores e empresas mantendo a cautela com gastos em curto prazo.
A Canalys pesquisou seus parceiros em janeiro de 2023 e constatou que 39% deles relataram ter mais de cinco semanas de estoque de PCs, enquanto 18% relataram nove semanas ou mais.
A transição para o Windows 11 e a demanda por educação digital serão impulsionadores importantes em um período de recuperação pós-Covid-19, e espera-se que o mercado de PCs apresente crescimento a longo prazo.