Apesar de ainda não ter concluído a implementação do 5G, o Brasil está destinado a também abrigar a inovação do 6G até 2030. No entanto, para que isso aconteça, é necessário que sejam promovidas medidas de redução dos impostos e taxas incidentes sobre a telefonia móvel.
Uma das principais vantagens dessa nova tecnologia é sua velocidade, que é estimada em ser 100 vezes mais rápida do que a atual. Essa avaliação foi feita por Francisco Soares, um especialista do setor e engenheiro eletrônico, que recentemente deixou o cargo de vice-presidente de Relações Governamentais na América Latina da Qualcomm, uma empresa norte-americana fundada em 1985, especializada na produção de chipsets para celulares.
Durante uma entrevista concedida após o lançamento do projeto Aluno Sempre Conectado (Ascon) em Goiânia, uma iniciativa da Qualcomm e do Instituto Crescer em parceria com a prefeitura da cidade, Soares projetou a chegada do 6G, afirmando que, embora ainda vá demorar um pouco, essa tecnologia está a caminho.
No Brasil, quando comparamos nossa situação com a de outros países, podemos constatar que possuímos um espectro regulamentado e uma base sólida para a implementação da tecnologia 6G. Essa observação foi destacada por Soares, cuja experiência incluiu sua participação na regulamentação de inovações na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).Além disso, ele alertou para uma questão crucial:
“É de conhecimento geral que é difícil impulsionar o desenvolvimento quando há tantos impostos a serem pagos sobre serviços e produtos. Precisamos conseguir reduzir algumas taxas e tornar os recursos mais acessíveis. Se os custos forem muito altos, as pessoas não terão condições de comprar e utilizar essas tecnologias”.
Atualmente, a China lidera a corrida rumo ao 6G, apesar do expressivo investimento de empresas de países como Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão no desenvolvimento dessa rede. Espera-se que a próxima era da internet móvel chegue ao mercado nos próximos oito anos. Durante esse período, a tecnologia passará por aperfeiçoamentos, ao mesmo tempo em que o 5G continuará a se expandir pelo mundo.
Soares observa que tanto a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ao disponibilizar o espectro, quanto as operadoras, por meio de investimentos, estão se empenhando para viabilizar a implantação do 6G no Brasil simultaneamente ao resto do mundo.
