Na quinta-feira, 18 de maio, o BT Group, a principal empresa provedora de serviços de banda larga e telefonia móvel do Reino Unido, revelou seus planos de reduzir sua força de trabalho em 55 mil empregos até 2030. Essa medida está programada para coincidir com a conclusão de sua implantação de redes de fibra óptica e a adaptação de seus serviços para incorporar tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA).
A reestruturação resultará em uma redução significativa do pessoal, ultrapassando 40% do quadro de funcionários total. Os trabalhadores terceirizados também serão afetados por essa medida. As demissões são uma parte essencial do plano de transformação da empresa, que visa estabelecer uma extensa infraestrutura de fibra óptica em todo o país, juntamente com o lançamento de serviços móveis 5G de alta velocidade. Paralelamente a essas mudanças, a empresa desativará oficialmente a tecnologia 3G.
De acordo com o CEO da empresa, Philip Jansen, uma vez que a implantação da fibra óptica seja concluída, a BT passará por uma transformação digital, incorporando inteligência artificial (IA) e simplificando sua estrutura organizacional e processos. Como resultado dessas mudanças, a força de trabalho da empresa precisará ser reduzida, não apenas para corresponder à diminuição da demanda, mas também para atender às necessidades de redução de custos.
O executivo informou que, com as alterações realizadas, será necessário um total de 10 mil engenheiros de rede a menos para operar redes digitais, uma vez que tecnologias como automação e inteligência artificial substituirão outros 10 mil profissionais.
O novo Grupo BT se tornará um negócio mais eficiente, com perspectivas melhores, de acordo com o CEO da BT, Philip Jansen.
Atualmente, o grupo conta com aproximadamente 130 mil funcionários. Com as demissões, o número de colaboradores será reduzido para entre 75 e 90 mil até o ano fiscal de 2030. Dentre os colaboradores atuais, cerca de 30 mil são terceirizados.
Jansen ressaltou que, apesar das inúmeras oportunidades trazidas pela IA, a empresa não pretende criar uma abordagem robótica na relação com o cliente. Em vez disso, a tecnologia será utilizada para aprimorar o atendimento e identificar outras oportunidades de negócios. Ele enfatizou que a empresa continuará oferecendo um serviço multicanal, online e com suas lojas físicas, sem planos de alterar essa estratégia.
“Não vamos estar em uma situação em que as pessoas sintam que estão lidando com um robô. Temos multicanal, estamos online, temos 450 lojas, isso não pretende mudar.”
Neste ano, a BT apresentou seus resultados financeiros pela primeira vez em seis anos. De acordo com os relatórios, a empresa demonstrou progresso e atingiu as expectativas do mercado, apesar de uma queda de 5% no caixa disponível, atribuída ao aumento dos gastos de capital.
