O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) emitiu comunicado nesta quinta-feira (04) anunciando a recusa das duas ofertas que recebeu pelos ativos de sua rede fixa . Segundo a empresa, nenhuma das propostas atualizadas do consórcio CDP Equity e a Macquarie e do fundo norte-americano KKR foi considerada “adequada”.
“Diante da prontidão expressada por ao menos um dos licitantes para melhorar a oferta não vinculante, o conselho decidiu aguardar a nova proposta até 9 de junho”, avisou a empresa, cedendo um pouco mais de um mês para os ofertantes melhorarem novamente as propostas.
O Grupo TIM diz que foi feita uma análise profunda com as ofertas não vinculantes do CDP/Macquarie e do KKR para a aquisição da NetCo, unidade de infraestrutura fixa da companhia italiana que inclui a FiberCop, além de participação na Sparkle, provedora de cabos submarinos.
A venda dos ativos da NetCo, como é chamada provisoriamente a unidade de rede fixa do grupo, é parte do plano de reestruturação da empresa apresentado pelo CEO Pietro Labriola para reduzir as dívidas da holding que chega a um valor bruto de 31,68 bilhões de euros (R$ 177,57 bilhões). A ideia é promover uma separação estrutural da companhia, que passa a ser responsável por unidade de clientes, B2B, móvel, e Brasil.
Essa novela dos ativos do Grupo TIM vem se arrastando desde fevereiro deste ano. Em março, a empresa já havia recusado as ofertas das ofertantes. Inclusive, disponibilizou nova informação e deu novos prazos para que as empresas fizessem melhorias nas ofertas, que segundo a Telecom Italia, não correspondem ao valor do ativo. Com isso, o consórcio CDP Equity e a Macquarie e do fundo norte-americano KKR, atualizaram as ofertas, mas “ainda não são adequadas” pelo Grupo TIM.
Esse tipo de separação estrutural que a empresa italiana pretende fazer não é uma novidade no mercado de telecomunicações. No Brasil, a TIM segregou a infraestrutura de fibra óptica de última milha, cujo controle foi vendido para o grupo IHS, formando assim a I-Systems. Inclusive, o negócio contou com a ajuda do então CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola.