03/12/2024

Há pelo menos 5 métodos de pirataria de TV paga e streaming, segundo a Anatel

Superintendente de fiscalização da agência, diz que há diversas formas e mais de dezenas de protocolos de modelos para piratear conteúdos.

A pirataria ganhou um espaço exclusivo para discussão no “Streaming Brasil 2023. O futuro da TV chegou“, evento que aconteceu no dia 09 de maio, em São Paulo. Durante a palestra “O combate à pirataria: da TV paga ao streaming”, Hermano Tercius, superintendente de fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), falou das ações que a agência tem feito para combater a prática.

Em sua fala, Tercius disse que a pirataria de conteúdos em plataformas de streaming é um problema muito sério, que além de ser uma distribuição ilegal de conteúdos, ainda oferece riscos à população. O Plano de Ação de Combate ao Uso de TV Boxes Clandestinas, que começou em fevereiro, é uma das ações da Anatel contra essa prática.

O objetivo é “o bloqueio do acesso aos servidores de conteúdo e de chaves de criptografia” desses equipamentos não homologados pela agência. Para tais ações, a Agência desenvolveu estudos e pesquisas de engenharia reversa para desvendar os “métodos de disponibilização clandestina dos serviços de TV Paga e Streaming”.

Tercius chamou a atenção para o fato de que as TV Box piratas, além de serem ilegais, geram um risco cibernético. Ou seja, o usuário coloca a sua segurança em risco de terem seus dados compartilhados na rede e capturados por terceiros, além de gerar “falhas de segurança de rede” porque Botnets podem assumir o controle da TV Box, para realizar ataques DDoS (Distributed Denial of Service).

Estes são “ataques cibernético que tenta indisponibilizar um recurso de rede ( servidor, DNS etc. inundando o com tráfego mal intencionado e deixando o incapaz de operar”, o que possibilita a ação de ataques que aproveitam das vulnerabilidades de segurança para infectar e controlar as máquinas e dispositivos de forma mal intencionada.

O superintendente explicou que desde 2017, retirou do mercado mais de 1,4 milhões de caixas ilegais, o que representa mais de 400 milhões de reais. Entretanto, ainda não foi suficiente, pois há inúmeras ofertas de aparelhos na internet e em feiras populares que entram por fronteiras terrestres.

O executivo da Anatel disse que há pelo menos cinco métodos de disponibilização clandestina dos serviços de TV Paga e Streaming, com diversas formas e mais de dezenas de protocolos de modelos para piratear conteúdos. “Trabalhamos com uma evolução gradual e um trabalho longo”. Ele ainda falou que pretende expandir os bloqueios com novos métodos, “bloqueando mais fabricantes e modelos aumentando a abrangência”.

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